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Estados Unidos querem oferecer parceria a Gronelândia independente

Lusa 04 de abril de 2025 às 14:49

"A decisão é da Gronelândia, o vice-presidente [dos EUA, JD Vance] foi bastante claro e disse que vai respeitar a autodeterminação dos gronelandeses", disse Marco Rubio.

O secretário de Estado norte-americano afirmou hoje que a população da Gronelândia deve esclarecer se quer a independência da Dinamarca, acrescentando que os Estados Unidos estão disponíveis para "criar uma parceria".

Marco Rubio NATO Nicolas Tucat, Pool Photo via AP

"Neste momento, os gronelandeses têm de clarificar que querem ser independentes da Dinamarca. A Dinamarca devia preocupar-se em compreender porque é que eles querem deixar a Dinamarca", disse Marco Rubio à saída de uma reunião ministerial da NATO, em Bruxelas.

O responsável norte-americano cancelou a conferência de imprensa prevista para o final da reunião, mas prestou declarações a alguns jornalistas à saída.

"A decisão é da Gronelândia, o vice-presidente [dos EUA, JD Vance] foi bastante claro e disse que vai respeitar a autodeterminação dos gronelandeses", disse.

Rubio acrescentou que "não foram os EUA" que deram a ideia da independência à Gronelândia: "Já falam disso há muito tempo."

O chefe da diplomacia dos EUA avançou que não quer deixar Pequim "chegar lá e oferecer uma grande quantia de dinheiro" e, desse modo, deixar aquela região autónoma dinamarquesa "dependente da China".

"São eles que querem afastar-se da Dinamarca, são eles que querem tornar-se independentes, não somos nós. Dissemos que se se eles tomassem essa decisão, os EUA estariam prontos, potencialmente, para chegar-se à frente e dizer-lhes: podemos criar uma parceria", indicou.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, tem insistido na necessidade de anexar ou "de comprar" a Gronelândia, alegando razões "defensivas e ofensivas".

Na semana passada, JD Vance, visitou as instalações militares norte-americanas naquele território, mas a presença da segunda figura da administração norte-americana gerou protestos e foi contestada pelas autoridades locais e dinamarquesas.

A ideia de Trump foi também criticada por líderes de vários países europeus, que lembraram ao Presidente norte-americano que a Gronelândia integra o território dinamarquês.

Os EUA mantêm uma base militar no norte da Gronelândia, ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.

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