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Egito apresenta plano para acabar com o conflito entre Israel e Gaza

Débora Calheiros Lourenço 25 de dezembro de 2023 às 12:07

O Egito e o Catar ficariam responsáveis por trabalhar com todas as fações políticas palestinianas, incluindo o Hamas, para chegarem a um acordo sobre a criação de um governo de especialistas capaz de governar Gaza e a Cisjordânia durante um período de transição.

O Egito apresentou uma proposta para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas através de um cessar-fogo, libertação faseada dos reféns e a criação de um governo palestiniano para a administração da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

REUTERS/Violeta Santos

A proposta foi elaborada com o apoio do Qatar e já foi apresentada às duas partes do conflito, assim como aos altos representantes dos Estados Unidos e dos principais parceiros Europeus, avançou o Egito, no entanto ainda parece ser cedo para prever o resultado das negociações.

O plano inclui um apelo para uma pausa de até duas semanas durante as quais os militares do Hamas libertariam cerca de 50 reféns em troca de 150 presos palestinianos que se encontram nas prisões israelitas. Durante este período as negociações para um cessar-fogo definitivo e a libertação do resto dos reféns e dos militantes palestinianos deveriam continuar, sendo essencial a libertação de todos os reféns para o sucesso da paz.

O Egito e o Catar ficariam responsáveis por trabalhar com todas as fações políticas palestinianas, incluindo o Hamas, para chegarem a um acordo sobre a criação de um governo de especialistas capaz de governar Gaza e a Cisjordânia durante um período de transição, enquanto as fações palestinianas resolviam as suas disputas e encontravam uma solução para a realização de eleições presidenciais e parlamentares.

Ao aceitar este plano Israel não conseguiria cumprir um dos seus principais objetivos para esta guerra, que passa pela eliminação total do Hamas nem permite que os Israelitas mantenham um controlo militar sobre Gaza após o fim do conflito.

O gabinete de guerra de Israel, que conta com a presença do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, já avançou que vai reunir ainda esta segunda-feira para discutir a situação dos reféns e avaliar outros tópicos, não deixando claro se a proposta egípcia está a ser considerada ou não.

Uma vez que a semana passada foi noticiadoa presença de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, no Egitoé esperado que o plano já tinha sido discutido com a parte palestiniana do conflito.

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