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Civis aconselhados a sair de Bakhmut

Leonor Riso 17 de fevereiro de 2023 às 09:24

Aviso foi feito pela vice-primeira-ministra da Ucrânia. Fundador do grupo Wagner crê que cidade pode ser conquistada pela Rússia até abril e que só não o foi ainda devido à "monstruosa burocracia militar".

Os civis que ainda se encontram na cidade ucraniana de Bakhmut foram aconselhados pela vice-primeira-ministra da Ucrânia a sair da cidade imediatamente. Bakhmut era habitada por cerca de 70 mil pessoas antes da guerra, sendo que se mantêm lá 6 mil apesar dos pesados ataques infligidos pela Rússia.

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, deixou uma mensagem no Telegram. "Para ser honesta, estou muito surpreendida com o que 6 mil civis ainda lá estão a fazer. Apelo aos cidadãos agora em Bakhmut - se são cidadãos práticos, respietadores da lei e patriotas, devem evacuar a cidade imediatamente", lê-se. 

Esta quinta-feira, um ataque a uma zona residencial matou três homens e duas mulheres.

O chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou no mesmo dia que a Rússia vai demorar meses a conquistar a cidade, deixando críticas ao exército. "Penso que será em março ou abril. Para conquistar Bakhmut é preciso cortar todas as vias de fornecimento. É uma tarefa significativa. O progresso não está a decorrer tão rápido quanto gostaríamos", afirmou. "Bakhmut teria sido conquistada antes do Ano Novo se não fosse a nossa monstruosa burocracia militar."

O presidente ucraniano considera que agora, a prioridade é travar os ataques russos e preparar a eventual contraofensiva. "Manter a situação na frente e prepararmo-nos para quaisquer passos de escalada por parte dos inimigos - é essa a nossa prioridade no futuro próximo", frisou Volodymyr Zelensky. 

Esta sexta-feira, os líderes mundiais estão reunidos numa conferência sobre diplomacia e segurança em Munique, Alemanha, onde será discutida a guerra na Ucrânia. Além do chanceler alemão Olaf Scholz, também o presidente francês Emmanuel Macron e a vice-presidente dos EUA Kamala Harris vão marcar presença. A Rússia não foi convidada para o evento. 

De Itália, o ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que o presidente da China, Xi Jinping, fará um discurso pela paz no dia 24 de fevereiro, dia em que passa um ano de guerra. O ministro Antonio Tajani citou o seu homólogo chinês, Wang Yi, com quem se encontrou. 

Dentro de uma semana, após essa data, a Ucrânia vai entrar em negociações com vista a alargar o corredor de cereais do Mar Negro, revelou o vice-ministro das Infraestruturas Yuriy Vaskov. "As negociações para alargar o corredor dos cereais vão começar dentro de uma semana e aí vamos compreender as posições de todas as partes. Penso que o senso comum vai prevalecer e que o corredor será alargado." O acordo que foi conseguido com a intervenção das Nações Unidas e da Turquia em julho permitiu a exportação de cereais a partir dos portos ucranianos, que esteve bloqueada após o início da guerra. 

REUTERS/Yevhenii Zavhorodnii
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