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China elimina milhares de vídeos e música online por "glorificarem o fascismo"

03 de agosto de 2018 às 09:30

O Ministério da Cultura e Turismo chinês refere ainda que está investigar mais obras que possam promover o fascismo e o militarismo.

As autoridades chinesas eliminaram milhares de arquivos de vídeo e música online e estão a investigar obras "que promovem o fascismo e o militarismo", informou o Ministério da Cultura e Turismo na quinta-feira, em comunicado.

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Foto: Kyodo News via Getty Images
Foto: Getty Images

O ministério removeu 4.664 produtos musicais online, mais de cem mil vídeos e 4.300 comentários de utilizadores por "infracções" genéricas e ordenou a 18 plataformas de música online a realização de "inspecções" ao seu conteúdo para que se auto-censurem.

A mesma entidade ordenou às autoridades culturais do município de Pequim, bem como às das províncias de Zhejiang e Guangzhou para investigarem casos de "obras musicais online que glorifiquem o fascismo e o militarismo".

A campanha chinesa visa "regular a ordem comercial do mercado de cultura online e investigar aqueles produtos culturais online que contêm conteúdo vulgar".

Nesta última acção foram eliminados conteúdos de alguns dos fornecedores mais populares do país, como QQ Music, ou as páginas Douyin e Kuaishou que permitem aos utilizadores carregar e partilhar vídeos.

Por outro lado, 11 empresas de banda desenhada online retiraram da Internet 977 obras e 167 histórias. Alguns meios de comunicação estatais já tinham acusado algumas dessas empresas de divulgarem "imagens sexualmente sugestivas" e até mesmo "conteúdo incestuoso", de acordo com o jornal China Daily.

O ministério acrescentou que vai reforçar a supervisão sobre os operadores para os obrigar a tomarem "medidas fortes" contra o conteúdo pornográfico, vulgar, violento e pouco ético, assim como contra todos aqueles que incitem ao crime.

Na semana passada, a China tinha lançado uma campanha contra 19 aplicações de vídeo, incluindo Bilibili e Miaopai, populares entre os adolescentes, que acusou de difundir conteúdo "obsceno, violento ou pornográfico", bem como de "promoverem informação distorcida".

A acção resultou no encerramento definitivo de três aplicações e a retirada da Bilibili por um mês da loja de aplicativos Android.

A campanha é liderada pela Administração do Ciberespaço da China que tem desde quarta-feira um novo responsável, Zhuang Rongwen.

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