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BRICS: Potências emergentes querem globalização mais "inclusiva"

04 de setembro de 2017 às 20:17

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul apelaram a uma globalização "mais aberta e inclusiva" e condenaram o proteccionismo internacional

Os líderes do grupo de potências emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) apelaram hoje a uma globalização "mais aberta e inclusiva" que também beneficie as nações em desenvolvimento, sublinhando a sua "firme oposição ao proteccionismo".

A posição dos BRICS consta de uma declaração conjunta dos cinco países no final da nona cimeira do grupo, que decorreu na cidade chinesa de Xiamen.

Os cinco países apelaram a "uma economia mundial inclusiva que permita a todos os países partilhar os benefícios da globalização", ao abrigo dos princípios da Organização Mundial do Comércio.

Também sublinharam a sua "firme oposição ao proteccionismo" e o seu compromisso no sentido de deter e contrariar as medidas proteccionistas.

Os BRICS também realçaram a importância de melhorar a cooperação na luta contra a corrupção devido ao "impacto negativo" que este fenómeno tem "no desenvolvimento sustentável".

Por isso mesmo, defenderam a criação de mecanismos que lutem contra a existência de "riqueza ilícita escondida em jurisdições estrangeiras", numa referência aos paraísos fiscais.

Na cimeira participaram os presidentes da China (Xi Jinping), Rússia (Vladimir Putin), África do Sul (Jacob Zuma) e Brasil (Michel Temer), bem como o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Todos sublinharam a necessidade de falarem a uma só voz na política e na economia globais.

O presidente chinês abriu a cimeira com a notícia de que o seu país vai reservar 76 milhões de dólares para aumentar a cooperação económica e tecnológica com as restantes nações BRICS.

O chefe de Estado brasileiro, Michel Temer, salientou a necessidade de reduzir a burocracia no comércio externo, ou seja "simplificar os procedimentos de exportação e importação" e "dar mais agilidade aos trâmites governamentais".

Já o primeiro-ministro indiano deixou uma proposta inovadora: a criação de uma agência de notação ("rating") creditícia para contrariar o domínio do Ocidente neste sector crítico, numa referência a empresas como a Fitch, a Moody's ou a Standard and Poor's.

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