Boris Johnson recusa sair do governo e despede um ministro
A crise política no Reino Unido continua a ferro e fogo. Há quem afirme que o primeiro-ministro está "alienado da realidade, como o Putin", numa altura em que todos pedem a sua demissão.
Depois do apelo de vários ministros e mesmo perante a pressão feita pelos Conservadores, Boris Johnson mantém-se, de pedra e cal, como líder do Governo britânico.
De acordo com vários meios de comunicação social, o primeiro-ministro encontrou-se esta noite com vários deputados e recusou apresentar a demissão, afirmando que tem de se focar em assuntos "extremamente importantes" da política nacional.
Quem não se mantém é Michael Gove, secretary of state for Levelling Up, Housing and Communities (secretário de Estado da Habitação, Infraestruturas e Comunidades), que foi demitido por Boris Johnson. Segundo a BBC o político terá sido despedido por "deslealdade".
O primeiro-ministro britânico está assim a ser alvo de fortes pressões políticas. Só nas últimas 24 horas, 38 membros do governo apresentaram a demissão, o que levou a uma reestruturação governamental.
Ainda assim as saídas não assustam Johnson que afirmou, esta tarde, durante uma audiência parlamentar que existe "talento suficiente" dentro do partido para substituir quem quer que seja.
Nicholas Watt, editor de política da BBC, fez uma publicação no Twitter onde afirma que "a saíde de Michael Gove não está a cair bem no interior do partido" e garante que um ex-aliado de Boris disse que "a demissão de Gove foi uma vingança, mas o Boris agora está alienado da realidade, ele é como o Putin".
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