A Edição Diária no seu e-mail
De Sábado a Sábado, receba no seu e-mail um resumo das notícias mais relevantes do dia.
Subscreva Já
Ataques dos EUA a alvos venezuelanos podem constituir crimes de guerra?
A morte de dezenas de pessoas no mar do Caribe está a reacender o debate sobre a legalidade destas ações. À SÁBADO o professor Jorge Botelho Moniz explica quais as possíveis consequências.
Apoderaram-se de embarcações petrolíferas perto da Venezuela e do seu petróleo, atacaram vários barcos que supostamente transportavam drogas, mataram mais de 80 pessoas no mar do Caribe e deportaram milhares de venezuelanos. Todos estes ataques levados a cabo pelos Estados Unidos reacenderam o debate sobre a legalidade destas ações contra a Venezuela, contudo, à SÁBADO um professor especialista em relações internacionais garante que, ainda assim, o país não pode ser acusado de crimes de guerra. A mesma informação é confirmada à SÁBADO por um advogado especialista em direito internacional que preferiu não ser identificado.
Militares em embarcações no Caribe sob o olhar atento de pelicanos
GDA via AP Images
EUA podem ser acusados de "crimes internacionais"
Apesar de ter sido afastada a hipótese de uma acusação de crimes de guerra, segundo Botelho Moniz poder-se-á falar numa acusação de "crimes internacionais". "Dada a forma sistemática como os EUA têm agido é possível falar-se de crimes internacionais." O professor diz, no entanto, que "parece improvável que haja vontade política internacional para se avançar com uma acusação juridicamente robusta contra os EUA." A situação complica-se também com o facto de os Estados Unidos não terem aderido ao Tribunal Penal Internacional (TPI). "A não adesão dos EUA ao TPI e o início do processo de revogação da lei que ratificou o Estatuto de Roma por parte da Venezuela impossibilitariam a jurisdição do tribunal. Se o TPI não for uma opção, a alternativa poderia ser o Conselho de Segurança da ONU. No entanto, com o direito de veto dos EUA, esta via também deverá ser uma impossibilidade prática." Em todos os cenários parece que os EUA saem sempre a ganhar. Botelho Moniz defende, contudo, que o país devia ser mais sensato e "cumprir o Direito do Mar". A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) define até onde é que os Estados podem operar e navegar.Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Boas leituras!
Tópicos
Crime
Crime lei e justiça
Acusação
Crime de guerra
Estados Unidos
Organização das Nações Unidas
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Corte Penal Internacional
Jorge Botelho
Artigos recomendados
As mais lidas
Rede de burlões desmantelada. Imitavam bancos para roubar
22 de dezembro de 2025 às 23:00Tomás Guerreiro
Cavaleiro do Chega detido por pedofilia
22 de dezembro de 2025 às 07:00João Amaral Santos
Sim, André Ventura admitiu que já votou em José Sócrates
20 de dezembro de 2025 às 08:39Alexandre R. Malhado
Marques Mendes recusa dizer como ganhou €709 mil nos últimos dois anos
16 de dezembro de 2025 às 23:00Carlos Rodrigues Lima
Júlio Isidro passou noite de Consoada com prostituta
17 de dezembro de 2025 às 19:35CM