Advogado de Trump enfrenta processo de mil milhões de euros
A Dominion, empresa que fabrica as máquinas de voto nos EUA, juntou mais de 50 teorias de Rudy Giuliani que levaram a uma "campanha de desinformação viral" com o propósito de o enriquecer.
As eleições nos Estados Unidos, a 3 de novembro, deram a vitória a Joe Biden. Ainda assim, foram muitas as tentativas de Rudolph Giuliani, o advogado pessoal, para descredibilizar o sistema eleitoral e como decorreram as votações nos EUA. Agora, Giuliani está a ser processado pela Dominion Voting Systems, a própria empresa que fabrica as urnas eletrónicas e os computadores utilizados nas eleições norte-americanas.
De acordo com o New York Times, a Dominion quer uma compensação financeira de mais de 1,3 mil milhões de dólares (1,07 mil milhões de euros) por Giuliani ter propagado "uma campanha de desinformação viral" sobre a empresa, feita de alegações "comprovadamente falsas", de maneira a enriquecer a partir de coimas e indemnizações e do seu podcast.
No processo com 107 páginas são descritas mais de 50 afirmações de Giuliani em audições parlamentares, redes sociais, no seu espaço de podcast e em meios de comunicação conservadores, onde desenvolveu narrativas alternativas sobre a Dominion.
Numa delas, que ficou mais conhecida pela tinta do cabelo a escorrer na sua cara, Giuliani acusou a empresa que conta os votos de ser "propriedade de dois venezuelanos que foram aliados de Chávez", "aliados de Maduro" e de ter um "presidente que é um aliado próximo e parceiro de negócios de George Soros". O advogado de Trump acusou então a Dominion de fraude eleitoral na Venezuela.
Mas os líderes da empresa refutam a teoria rocambolesca. "A Dominion não foi fundada na Venezuela para deturpar eleições para Hugo Chávez. Foi fundada em 2002 na cave de John Poulos, em Toronto, para ajudar pessoas cegas a votar em boletins", indica o processo que deu entrada no Tribunal do Distrito Federal de Washington D.C.
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