Secções
Entrar

Maioria dos europeus considera desinformação uma ameaça à democracia

Lusa 28 de abril de 2021 às 22:47

Para 76% dos cidadãos inquiridos de um estudo na UE, o conteúdo falso representa uma ameaça aos respetivos países e 82% consideram um problema para a democracia.

Grande parte dos europeus desconfia da comunicação social e considera a desinformação uma ameaça à democracia, como esclarece o último Eurobarómetro divulgado pela Comissão Europeia.

O estudo sobre a opinião pública da União Europeia concentrou-se na forma como tem sido gerida a pandemia.

O fenómeno da desinformação tem vindo a ser abordado ao longo dos últimos relatórios anuais do Eurobarómetro e tem um grande impacto mediático, político e social.

De acordo com os dados apresentados, cerca de 70% dos europeus encontra frequentemente notícias que distorcem a realidade ou que consideram falsas, mas 65% admitem que é fácil detetar este tipo de conteúdo.

Para 76% dos cidadãos inquiridos, o conteúdo falso representa uma ameaça aos respetivos países e 82% consideram um problema para a democracia.

Nos últimos meses, o número de notícias falsas em relação à pandemia e às vacinas têm aumentado pelo que, 58% dos europeus acreditam que a fonte mais credível é a rádio, seguida da televisão e da imprensa (ambas 51%), da Internet (35%) e das redes sociais (19%).

No que diz respeito a instituições, cerca de 80% dos cidadãos europeus confiam nos hospitais e nos respetivos profissionais de saúde, seguido das autoridades públicas (55%) e do sistema judicial dos países correspondentes (52%).

A uma maior distância e a gerarem maior desconfiança, ficam os governos (36%) e os partidos políticos (21%).

A confiança na UE aumentou em 23 Estados-membros da UE relativamente ao eurobarómetro do verão de 2020.

Portugal destacou-se por ser o país que mais confia na União Europeia (78% contra 49% dos restantes países), mais 22 pontos percentuais do que o último barómetro de 2020 e por serem os mais pessimistas quanto ao ritmo da retoma do país, com 82% dos inquiridos a considerarem a retoma da economia portuguesa possível só em 2023 ou mais tarde.

As principais preocupações dos portugueses são a situação económica do país (50%), sobrepondo-se à saúde.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela