Vencedora da primeira edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, Sara Barros Leitão é um dos nomes em ascensão do teatro português e uma voz que se tem feito notar no ativismo político, cultural e feminista. Falámos com a atriz de 30 anos sobre as lutas que a assaltam, em palco e fora dele.
Sara Barros Leitão: “Toda a classe artística vive num medo constante, porque a precariedade traz medo”
Na curta biografia que tem na sua página, Sara Barros Leitão assume-se como "revolucionária quanto baste, artista difícil de domesticar". O percurso da atriz de 30 anos, que se formou em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo, dá robustez a estas palavras. Como?
Sara rompeu com a televisão, porque não se revia numa indústria que "usa uma expressão artística com um fim mercantil"; deu eco às acusações de censura contra o Teatro Municipal do Porto quando no início de 2020 rebentou a polémica à volta da peça Turismo; esteve presente nas manifestações no Porto para denunciar a dispensa de funcionários da Casa da Música e de Serralves; e não tem papas na língua para criticar as medidas insuficientes do Ministério da Cultura no combate à precariedade do setor ou para acusar o "autoritarismo" e a "política de polvo" da Câmara Municipal do Porto.
Paralelamente, Sara Barros Leitão, que ficou conhecida aos 16 anos ao interpretar Jennifer Brown na série juvenil Morangos Com Açúcar, vai consolidando a sua carreira no teatro. No final do ano, a atriz e encenadora portuense venceu a primeira edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II.
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