Sábado – Pense por si

Ângelo Fernandes: "Encontrei na rua o homem que abusou sexualmente de mim e ele fugiu"

O diretor técnico da Quebrar o Silêncio, que presta apoio às vítimas masculinas de abusos sexuais, estreia-se como romancista com Neblina. A história de Miguel gira em torno do mote da associação que fundou, em 2017, e à qual se dedica a tempo inteiro.

Se aquelas paredes insonorizadas falassem, teriam muito para contar:homens e rapazes aparentemente estruturados, alguns figuras públicas, carregam o trauma de terem sido vítimas de abusos sexuais. É ali que tentam recuperar. Naquele primeiro andar perto do Saldanha, em Lisboa (cedido por protocolo pelo Ministério da Justiça), funciona a associação Quebrar o Silêncio, que presta apoio especializado a vítimas masculinas. O fundador Ângelo Fernandes, 44 anos, com formação em Ensino Básico, casado e sem filhos, e também ele vítima de um agressor insuspeito, recebe a SÁBADO no local – deserto, para preservar a confidencialidade dos utentes. Durante duas horas, fala sobre os mais recentes casos mediáticos e sobre o seu primeiro romance, Neblina, lançado em setembro, em que os abusos servem de fio condutor para a história do protagonista, Miguel. Mais uma vítima, mas que nada tem autobiográfico, garante.

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