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“Comprei o primeiro descapotável aos 26 anos”

Luísa Oliveira 25 de novembro de 2025 às 23:00

Já mostrou, tal como queria, que é muito mais do que o Boinas. Enquanto, no palco, trata da crise da meia-idade a rir, atrás das câmaras realiza o sonho de dirigir um filme sobre a sua terra.

Foi num Seixal modernizado, cidade para onde Luís Filipe Borges se mudou há uns meses, que nos encontrámos numa chuvosa manhã de outono. Um café e um pão com chouriço depois, procurámos lugar abrigado para a conversa, que durou mais de uma hora. Demos tempo às recordações de uma adolescência perdida nos livros, rodeada da beleza estonteante da ilha Terceira, da adaptação à vida lisboeta (estudou Direito), e da realização do sonho maior – mostrar, através da ficção, os encantos dos Açores. Houve ainda lugar para louvar o “pior dos sistemas” que é a democracia. O pretexto para o balanço foi o espetáculo Crise da Meia-Idade, com que anda pelo País.

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