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Supervisão deve ter atitude mais "intrusiva e proactiva", diz secretário de Estado

05 de maio de 2016 às 10:42
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Ricardo Mourinho Félix acusou o anterior governo de ter um diálogo cheio de "equívocos" com a DG-Comp

O secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse hoje que a supervisão bancária deve ter uma atitude mais "intrusiva e proactiva" após vários problemas em anos recentes na banca.

Na comissão de inquérito sobre o Banif, onde esteve a ser ouvido, Mourinho Félix pediu um maior ênfase em "sistemas de informação fiáveis" que permitam ao supervisor - Banco de Portugal - actuar com maior determinação em matérias como a "retirada de idoneidade" de administradores "quando exista evidência de actos claramente lesivos".

O governante falou perto de uma hora no arranque da sua audição, e foram várias as observações sobre o anterior executivo PSD/CDS-PP e o problema do Banif.

Para Ricardo Mourinho Félix, o executivo de então e a DG Comp [Direcção-Geral da Concorrência] da Comissão Europeia tiveram um diálogo feito muitas vezes de "equívocos".

"Havia uma falta de compreensão do Governo daquilo que a DG Comp estava a pedir", vincou, referindo-se aos vários planos de reestruturação sobre o Banif que, diz, Bruxelas pediu.

O Governo PSD/CDS-PP, acredita Ricardo Mourinho Félix, ia nessa altura apresentando novas versões de um mesmo plano, e não novos planos de reestruturação.

"Tenho as maiores dúvidas que houvesse um entendimento claro entre o [então] Governo e a DG Comp", concretizou, vincando ainda que Bruxelas "não acreditava" nos dados apresentados sobre o Banif, o que criou uma "extraordinária descrença" nos planos de reestruturação.

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