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Simulações de IRS: Rendimentos médios poupam cerca de 4 euros por mês. Mais baixos podem chegar aos 20

A atualização de escalões e taxas de IRS vai trazer poupanças para todos. Num salário bruto em torno dos 1.400 euros, somarão perto de quatro euros a mais na folha salarial. Para rendimentos mais baixos, que beneficiarão com a subida do mínimo de existência, as poupanças mensais podem ultrapassar as duas dezenas de euros.

A revisão dos escalões de IRS em 3,51%, como decorre da nova norma de atualização anual automática, bem como as mexidas nas taxas com as quais o Governo já se comprometeu, deverão trazer poupanças fiscais às famílias. Na prática todos terão uma redução fiscal e um consequente aumento de rendimento líquido, mas as descidas serão mais significativas nos salários mais baixos, até perto de mil euros. Para salários médios, na ordem dos 1.400 euros mensais brutos, os ganhos andarão perto de quatro euros mensais. 

IRS, declaração, finanças, fisco
IRS, declaração, finanças, fisco

As simulações são da consultora PwC e levam em linha de conta, as já referidas atualizações de taxas e de escalões e, também, o aumento do mínimo de existência, que sobe, acompanhando a subida da Remuneração Mínima Mensal Garantida- dos atuais 12.180 euros para os 12.880 euros anuais.

Naturalmente que cada família tem as suas especificidades próprias, mas as simulações - que levam em linha de conta apenas a dedução à coleta das despesas gerais familiares - apontam para ganhos que, para um contribuinte solteiro e sem dependentes com 975 euros de rendimento bruto significam mais 315 euros num ano, à volta de 11,25 euros, tendo em conta 14 salários anuais. Num casal em que cada titular tenha rendimentos idênticos, o ganho mensal para cada um será mais elevado, de cerca de 22,5 euros mês. 

Os rendimentos mais baixos, refira-se, são influenciados pela positiva pelo aumento do mínimo de existência. Mais para cima as poupanças são mais baixas. Um rendimento bruto mensal de 1.400 euros - perto do rendimento médio atual, de 1.368 euros - já não irá muito além dos 4 euros por mês a mais na folha de ordenado, de acordo com as simulações preparadas pela PwC. 

Refira-se ainda que este ano também a dedução específica será atualizada, o que poderá influenciar, pela positiva, as poupanças das famílias com a redução de impostos. No entanto, o valor só será conhecido mais tarde, uma vez que está indexado ao Indexante de Apoios Sociais, que só fica definido em janeiro, pelo que o efeito não se encontra ainda refletido nas simulações da PwC. Porém, é quase certo que o IAS será atualizado acima da inflação, devido a um crescimento da economia que deverá ficar acima dos 2% na média dos dois anos. Ora, subindo o IAS, então a dedução específica também aumenta, impactando diretamente, como já referido, no montante de rendimentos de cada contribuinte que será sujeito a IRS.

Quanto à atualização dos escalões passou a ser automática desde o ano passado, numa forma de garantir que, com a inflação, as famílias não ficariam a perder nos impostos. Foi fixada uma fórmula que leva em linha de conta a produtividade e a inflação registadas no ano anterior com base nos indicadores de contas nacionais disponíveis no terceiro trimestre e que este ano aponta para uma atualização de 3,51%. 

Já as mexidas nas taxas refletem um compromisso do Governo assumido logo em julho, na altura da descida intercalar de impostos, na sequência de uma iniciativa então apresentada pelo PSD e pelo CDS-PP. Nesse sentido, o diploma aprovado na altura veio logo com uma norma que prevê que, em sede de Orçamento do Estado (OE) para 206 o Executivo proponha “reduzir, adicionalmente, em 0,3 pontos percentuais as taxas marginais do 2.º ao 5.º escalão” de rendimentos do próximo ano. 

Simulações da PwC demonstram propostas de IRS para 2026
Simulações da PwC demonstram propostas de IRS para 2026
Simulações da PwC Portugal para o Orçamento de Estado de 2026
Simulações da PwC Portugal para o Orçamento de Estado de 2026
Simulações da PwC sobre o Orçamento do Estado para 2026
Simulações da PwC sobre o Orçamento do Estado para 2026

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.