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Riopele: no melhor pano cai uma guerra de família

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 25 de abril de 2021 às 10:10

Tribunais, acusações de falsificação de documentos e de má gestão. Uma das maiores têxteis do país está no centro de uma batalha entre tio e sobrinho da família fundadora, os Oliveira.

Na mesa de Ricardo Salgado, em plena crise em 2012, repousava há algum tempo o dossiê de uma família rica do Norte com quem tinha relações próximas: os Oliveira donos da Riopele, uma das maiores e mais antigas têxtis do país. A empresa de 1.200 trabalhadores estava em falência técnica e a dívida global de 94 milhões de euros, em boa parte ao BES e ao BCP, era impossível de pagar. Além da dívida da Riopele, cada um dos cinco ramos da família devia cerca de 9 milhões de euros à banca por causa de um investimento imobiliário. Salgado, na altura presidente do BES, acabou por aceitar o acordo que salvou a Riopele e apagou 45 milhões de euros em dívidas da família – mas que, ainda hoje, está na origem de uma guerra judicial e pessoal entre os líderes dos diferentes ramos familiares, com acusações de falsificação de documentos, regalias excessivas e má gestão.  

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