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Quando os médicos e enfermeiros têm de pagar para trabalhar

Lucília Galha
Lucília Galha 20 de novembro de 2019 às 07:00

Há vários médicos e enfermeiros a suportar as despesas de material e de aparelhos clínicos que faltam nas unidades de saúde - e que nunca chegam. Numa USF do Algarve, os profissionais pagaram mais de 100 euros, cada um.

Um balcão para a receção, duas tábuas de apoio para os computadores das salas de tratamentos, oito peças de madeira (poleias) para segurar as respetivas tábuas, um frigorífico, um micro-ondas, dois blocos de gavetas, uma cadeira de secretária, duas cortinas para gabinetes médicos, detergentes para limpar, quatro lâmpadas fluorescentes, duas caixas com divisões para arrumar medicação, quatro lanternas de cabeça para fazer exames, sete medidores de pressão arterial, sete balanças digitais… e a lista continua. São, no total, 32 itens. Este não é, contudo, um inventário qualquer. O material, que se destinou a equipar uma unidade de saúde pública do Algarve, foi comprado, não pelo Estado - como seria esperado - mas pelos próprios profissionais de saúde entre o final de 2018 e março deste ano.

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