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Presidente da CGD vai ao Parlamento explicar aumento das comissões bancárias

07 de fevereiro de 2018 às 12:50
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Paulo Macedo vai ser ouvido no Parlamento "com urgência" a pedido do Bloco de Esquerda.

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, vai ser ouvido no Parlamento "com urgência" para explicar a questão do aumento das Comissões Bancárias e o plano de reestruturação do banco.

De acordo com a notícia avançada na semana passada pelo jornalPúblico, a CGD prepara-se para aumentar pela terceira vez as comissões cobradas aos clientes, incidindo agora sobre os clientes mais jovens e, indirectamente, também sobre os pensionistas.

No primeiro caso, os clientes mais novos passam a pagar uma taxa pela manutenção de conta à ordem. Mas quem fizer levantamentos de dinheiro ao balcão do banco ou recorrer à caderneta (prática ainda bastante comum entre pensionistas e clientes mais idosos) também vai pagar comissão, excepto as pensões até 835,50 euros.

O pedido de audição de Paulo Macedo, bem como do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD, foi feito pelo Bloco de Esquerda (BE), através de dois requerimentos da deputada Mariana Mortágua, que foram aprovados hoje na Comissão de Orçamento e Finanças no Parlamento, por unanimidade.

Nos requerimentos, o BE diz que no âmbito do processo de recapitalização da CGD, a sua administração elaborou um plano de reestruturação, onde constava, entre outras coisas, a redução do número de trabalhadores.

"O Grupo Parlamentar do BE apoiou a recapitalização do banco público por considerar que a sua solidez é do interesse de toda a economia nacional e, em particular, do sistema financeiro português. Entendemos, no entanto, que esse processo não pode sujeitar a CGD à redução da qualidade dos seus serviços, ou a qualquer ameaça aos direitos dos seus trabalhadores", lê-se.

Segundo o BE, o Governo sempre garantiu que este processo não incluiria despedimentos de qualquer tipo, e que os trabalhadores estariam protegidos.

No entanto, refere, e com o objectivo de redução de 500 trabalhadores até ao final de 2017, a administração de Paulo Macedo deu início a um programa de rescisões por mútuo acordo, cujo prazo de adesão terminou dia 26 de Setembro.

Apesar das garantias dadas de que este programa teria um carácter estritamente voluntário, chegaram ao Grupo Parlamentar do BE denúncias de pressões internas sobre trabalhadores da CGD.

A estas denúncias, continua, soma-se o alerta do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) relativamente à denúncia do Acordo de Empresa, livremente negociado, e que entrou em vigor em Janeiro de 2016.

A esta informação acresce ainda a intenção da Administração da CGD de não proceder ao descongelamento de carreiras e salários dos seus trabalhadores, refere ainda o BE.

"As práticas recentes levadas a cabo por outros bancos em processos semelhantes - entre eles o Novo Banco, também sob alçada do Governo - não são tranquilizadoras e justificam todo o escrutínio sobre este processo", indica.

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