Sábado – Pense por si

Portugal é o quinto país do mundo mais insatisfeito com salários

Lusa 10 de maio de 2024 às 22:38
As mais lidas

Segundo o inquérito, as pessoas mais satisfeitas com o seu trabalho estão na Europa, EUA, Ásia Ocidental e na América Latina.

Portugal é o quinto país do mundo mais insatisfeito com os salários, apesar de mais de metade dos trabalhadores estarem agradados com o seu posto de trabalho, revelou uma sondagem global da Associação Gallup International e da Intercampus.

Getty Images

"Portugal é o quinto país do mundo mais insatisfeito com a remuneração social", lê-se num comunicado da Intercampus. Ainda assim, 64% dos portugueses inquiridos defenderam estar satisfeitos com o seu trabalho.

Em particular no que se refere ao salário 45% afirmaram estar insatisfeitos e 39% agradados.

Já a nível mundial, 65% dos trabalhadores estão satisfeitos com o seu emprego e 47% concordam com a respetiva remuneração. Segundo esta análise, as pessoas mais satisfeitas com o seu trabalho estão na Europa, EUA, Ásia Ocidental e na América Latina.

"O país do mundo mais descontente com a sua situação laboral é o Quénia (59%), seguido da Nigéria (36%)", indicou. Os indicadores que mais pesam para estas respostas são o rendimento e a escolaridade.

A sondagem também concluiu que a inteligência artificial suscita preocupações (38%) a nível mundial. Mais de 20% dos inquiridos não se sentem suficientemente informados para avaliar os efeitos da inteligência artificial na humanidade.

"Os jovens são os mais otimistas e quem vê mais oportunidades na inteligência artificial, assim como os inquiridos com mais habilitações, enquanto as gerações mais velhas e as menos instruídas estão mais preocupadas", detalhou.

Para a realização desta análise foram entrevistadas 46.138 pessoas em 45 países. Em cada país, a amostra foi de 1.000 pessoas. As entrevistas decorreram entre outubro e dezembro de 2023, pessoalmente, por telefone ou 'online'.

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.