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Plano 2020/2030: Recuperação económica deve cumprir Pacto Ecológico Europeu - Costa Silva

10 de julho de 2020 às 15:49
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Gestor da petrolífera Partex considera que "a sociedade reconhece e exige um plano de recuperação verde".

A recuperação económica para Portugal de 2020 a 2030 tem que cumprir os objetivos do Pacto Ecológico Europeu, defende-se na versão preliminar do documento elaborado por António Costa Silva, a que a Lusa teve acesso.

"Todo o plano de recuperação deve ser alinhado com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu", afirma António Costa Silva no capítulo sobre as "lições para Portugal" tirar da crise provocada pela pandemia da covid-19.

O gestor da petrolífera Partex considera que "a sociedade reconhece e exige um plano de recuperação verde" e aponta como objetivos "mais energias renováveis, mais gás e menos carvão, mais eletricidade, mais tecnologias digitais".

Por isso, reafirma o compromisso "de neutralidade carbónica e a trajetória de redução de emissões", cumprindo as metas para 2030 dos planos nacionais para a energia e economia circular, como a utilização de 80 por cento de energias renováveis.

Para Costa Silva, este século vai ficar marcado por uma mudança na relação entre os humanos e os oceanos, "um dos mais importantes ativos do planeta".

"Quando olhamos para a bacia do Atlântico e para o seu renascimento comercial e energético, vemos que Portugal não é um país periférico. Se olharmos para a geopolítica mundial, nós temos uma posição absolutamente extraordinária", considera.

Portugal pode aproveitar "o alargamento do Canal do Panamá" que fará do Atlântico "uma das grandes vias marítimas do século XXI" e incluir as suas cidades e portos nas "redes mundiais energéticas, comerciais, financeiras, tecnológicas, sem esquecer as redes do conhecimento", escreve António Costa Silva.

"Temos aqui uma possibilidade imensa de mudar o estatuto e a trajetória do nosso país", salienta.

De "'casa de banho' do planeta", os oceanos estão a ser cada vez mais entendidos como "fábrica 'escondida' de energia e uma fonte importante de recursos", com a "crescente digitalização dos oceanos e o uso de sensores que permitem medir e mapear as propriedades relevantes do mar e a sua variação", conhecimento que pode ser aproveitada para entender melhor o clima, os ecossistemas e os recursos marinhos.

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