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Os sete testamentos de Américo Amorim

Ana Taborda
Ana Taborda 02 de agosto de 2017 às 17:00

Aos 30 anos, quando fez o primeiro, deixava tudo a três dos sete irmãos, aos 35 juntou a mulher, nos últimos anos de vida as filhas. Quem fica com o quê?

Fez o primeiro testamento um mês depois de completar 30 anos, quando além da cortiça a herança dos Amorim incluía apenas os terrenos que tinham recebido dos pais e alguns investimentos em imobiliário  um dos primeiros, claro, para montar uma fábrica nova. Viria a alterá-lo seis vezes: em 1968, 1969, 1971, 2001, 2003 e, por fim, 2012, o último documento que registou em notário, aos 78 anos. Não há grandiosos gestos de solidariedade (não há nenhum, na verdade), futuras fundações no horizonte, amigos e familiares desconhecidos que tenha tentado proteger depois da sua morte. Américo Amorim deixa toda a quota disponível da sua herança (aquela de que pode dispor livremente, cerca de um terço do total) às mulheres do clã.

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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.