Comissão Europeia tem a gigante tecnológica na mira
A Google considerou esta quinta-feira que a investigação aberta pela Comissão Europeia (CE) por suspeitas de violação da Lei dos Mercados Digitais é "equivocada" e prejudica milhões de utilizadores europeus.
Google rebate argumentos da Comissão EuropeiaEPA
"A investigação anunciada hoje sobre os esforços 'anti-spam' é equivocada e corre o risco de prejudicar milhões de utilizadores europeus", lê-se na informação divulgada pela tecnológica no seu 'site', na sequência de uma investigação da Comissão Europeia.
A tecnológica afirma que a investigação "não tem mérito" e um tribunal alemão já rejeitou uma alegação semelhante, defendendo que a política 'anti-spam' da empresa "era válida, razoável e aplicada de forma consistente".
"Esta nova investigação surpreendente corre o risco de recompensar os maus atores e degradar a qualidade dos resultados da pesquisa", acrescenta a empresa, alegando que os utilizadores europeus "merecem melhor".
A 'gigante' da tecnologia refere que as pessoas procuram o Google "porque querem os melhores e mais relevantes resultados e não querem vasculhar spam", pelo que as políticas da empresa pretendem "proteger as pessoas contra conteúdo enganoso e de baixa qualidade".
Para isso, a empresa relembra que trabalha em conjunto com a Comissão Europeia para proteger os consumidores europeus, incluindo o combate a burlas e golpes sob a Lei dos Serviços Digitas.
Em março de 2024, a Google atualizou as suas políticas em matéria de 'anti-spam', defendendo que "um 'site' não pode pagar ou usar medidas enganosas para melhorar a sua classificação no motor de pesquisa".
"Se permitíssemos esse comportamento -- permitir que os 'sites' usassem táticas incompletas para aumentar a sua classificação, em vez de investir na criação de conteúdo de alta qualidade -- isso permitiria que os malfeitores substituíssem 'sites' que não usam essas táticas de 'spam' e degradaria a pesquisa para todos", explica a Google no comunicado.
Além disso, a empresa de tecnologia acusa as Lei dos Mercados Digitas da UE de tornar a pesquisa "menos útil para empresas e utilizadores".
A reação da tecnológica surge depois do executivo comunitário dizer ter "indícios de que a Google, com base na sua política de abuso de reputação do 'site', está a despromover nos resultados de pesquisa os 'sites' e conteúdos de meios de comunicação e outros editores quando estes incluem conteúdo de parceiros comerciais", o que a tecnológica contextualizou com a intenção de combater práticas alegadamente manipuladoras, sem que esta justificação convencesse Bruxelas, que fala em problemas de concorrência.
Google acusa investigação de Bruxelas de ser "equivocada" e prejudicial a utilizadores
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