Olivier Blanchard afirmou que a instituição não pode adiar o prazo de pagamento dado à Grécia, sob pena de infringir as regras aplicáveis aos países que falharam o pagamento das suas dívidas
O FMI não pode adiar o prazo de pagamento dado à Grécia, sob pena de infringir as regras aplicáveis aos países que falharam o pagamento das suas dívidas, disse hoje o economista-chefe da instituição, Olivier Blanchard.
"Quando um país se atrasa nos pagamentos, não podemos conceder empréstimos de qualquer forma, ou através de nenhum meio; e uma restituição é uma forma de empréstimo", disse hoje o economista-chefe da instituição, Olivier Blanchard, à margem da apresentação das novas previsões económicas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Grécia ficou privada dos empréstimos do FMI, depois de no dia 30 de junho ter entrado em incumprimento com a instituição, ao não saldar uma dívida de 1,5 mil milhões de euros.
Atenas, entretanto, pediu o adiamento do prazo para pagar a dívida, invocando que essa opção existe em "casos excepcionais".
A decisão final cabe agora ao Conselho de Administração do FMI, composto por 188 Estados-membros, e que deverá em breve tomar uma decisão.
Alguns especialistas acreditam que o FMI podia dar o exemplo, com uma extensão das maturidades dos empréstimos.
A maioria dos 188 Estados-membros do FMI "são mais pobres do que a Grécia e não tiveram o tipo de regalias que alguns nos pedem para conceder a Atenas", disse Blanchard.
Por outro lado, o Fundo disse que um adiamento dos pagamentos, que aconteceu apenas por duas vezes na história da instituição, "não ajuda" países que enfrentam necessidades de financiamento "imediato", como é o caso da Grécia.
Atenas, que apresentou uma proposta aos credores, em troco de um novo pacote de ajudas, deve reembolsar o FMI em 455 milhões de euros até segunda-feira.
O país terá ainda de devolver 284 milhões de euros à instituição antes do dia 1 de Agosto.
Economista-chefe do FMI diz não poder adiar o prazo dado a Atenas
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