“Estamos a avaliar o que se passa mas estamos muito longe de dizer se estamos a concorrer ou se não estamos a concorrer”, disse o presidente do Santander Totta
"O Banif teve um impacto positivo de um milhão de euros por mês, como estamos a falar de três meses são três milhões de euros", assumiu hoje o presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro na apresentação dos resultados trimestrais do banco. E na sua mira pode já estar um novo negócio que promete continuar a fazer manchetes – o Novo Banco. Questionado sobre o assunto, Vieira Monteiro jogou à defesa, mas não escondeu que uma jogada de ataque pode estar em cima da mesa. "Tudo pode acontecer", disse o presidente do banco sem esconder que já foram feitos contactos tendo em vista o eventual processo de venda do Novo Banco. "Estamos a avaliar o que se passa mas estamos muito longe de dizer se estamos a concorrer ou se não estamos a concorrer", disse.
Na apresentação dos resultados trimestrais foram revelados os 114,5 milhões de euros de lucros conseguidos nos primeiros três meses, um valor que representa um crescimento de 112,7 por cento comparativamente ao mesmo período no ano passado. Um aumento em que a incorporação dos activos comerciais do Banif teve uma participação de 2,6%, considerada por Monteiro como "marginal".
No entanto, o impacto da compra de parte das operações do Banif - em Dezembro do ano passado por 150 milhões de euros - esteve longe de ser o único tema do dia. Citado pelo Dinheiro Vivo, Vieira Monteiro defendeu que quando a possibilidade de negócio com o Banif surgiu já a atenção tinha estado focada noutra entidade bancária. "Durante o ano passado olhámos para o Novo Banco e não para o Banif. O Banif é uma realidade que surge muito mais tarde. E tivemos ocasião de dizer à ministra das Finanças que estaríamos disponíveis para poder comprar alguns activos ou passivos. A proposta fizemo-la quando foi aberto o respectivo concurso de venda", disse.
Com presença garantida na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, Vieira Monteiro afastou a hipótese de voltar a investir em activos do banco, mas abriu a porta a outro investimento. Sobre a sociedade de titularização de créditos Gamma, que a Oitante - o veículo estatal que gere os activos do Banif que não foram comprados pelo Santander Totta - colocou à venda, pode vir a ser alvo de uma tentativa de compra por parte do banco de capitais espanhóis. "Podemos concorrer", admitiu Vieira Monteiro.
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