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Da privatização à nacionalização: o drama da TAP em 5 atos

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 02 de julho de 2020 às 07:00

A pandemia da Covid-19 expôs a fragilidade da empresa e o mau relacionamento entre o Governo e a gestão da TAP. Esta quinta feira, Governo e privados deverão chegar a um acordo que trave a nacionalização.

Ponto de partida: a TAP teve prejuízos próximos de 400 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, valor que seguramente se vai agravar. A seguir: o Estado acionista maioritário vai emprestar 1,2 mil milhões de euros à empresa, mas não conseguiu demonstrar junto da Comissão Europeia que a TAP é viável – ou seja, em vez de beneficiar de um apoio especial criado no âmbito da Covid-19, terá de executar uma reestruturação violenta da empresa se esses 1,2 mil milhões não forem devolvidos em seis meses (é certo que não serão). E para terminar: o Estado, representado pelo Governo e pela tutela do ministro Pedro Nuno Santos, está em confronto com acionista privado David Neeleman sobre as condições que este tem de aceitar para receber os 1,2 mil milhões de apoio público; deste confronto saírá, a bem ou a mal Neeleman da TAP.

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