TAP: Humberto Pedrosa diz estar "tranquilo" e que "quem não deve, nada teme"
Acionista do Grupo Barraqueiro e da Atlantic Gateway sublinha que o envolvimento do grupo na privatização da TAP, em 2015, "foi sempre pautado pela correção".
Acionista do Grupo Barraqueiro e da Atlantic Gateway sublinha que o envolvimento do grupo na privatização da TAP, em 2015, "foi sempre pautado pela correção".
O antigo administrador é suspeito de beneficiar consórcio que comprou a TAP, em 2015, e de receber dois milhões de euros. Judiciária foi à casa do ex-presidente da Parpública.
"Vivemos num Estado de Direito, é bom que este escrutínio seja feito, que os portugueses sejam esclarecidos e que a Justiça também possa fazer o seu trabalho, com toda a tranquilidade", insistiu o ministro das Infraestruturas.
Em outubro de 2022, o então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos (PS), revelou que a administração da TAP tinha pedido uma auditoria por suspeitar estar a pagar mais pelos aviões do que os concorrentes e que o Governo encaminhou as conclusões para o Ministério Público.
A TAP viu-se hoje envolvida em mais uma polémica depois da Polícia Judiciária realizar buscas à empresa.
A Azul apresentou em tribunal uma carta assinada por Pedro Nuno Santos e por Miguel Cruz onde o antigo governo atestava que o empréstimo da empresa brasileira à TAP era um empréstimo obrigacionista. Estado arrisca ter de pagar 178 milhões de euros.
António Vitorino esteve ligado a mais de uma dúzia de empresas, abriu portas entre o poder político e o económico e já foi visado em várias polémicas.
O ano 2025 promete mais negócios com empresas estratégicas, como a TAP, a companhia aérea açoriana, vários bancos e um hospital. Na gigante EDP tem havido movimentações para uma fusão com um parceiro estrangeiro.
Airbus clarificou numa carta marcada com selo de "confidencial" a David Neeleman - mostrada à Parpública em setembro de 2015 - que não faria a troca de encomendas dos aviões com a TAP, só com ele. E que o preço dos novos aviões pedidos era “justo”, como mostrariam as avaliações - Neeleman enviou três ao lado português.
Declarações surgiram depois de Fabian Figueiredo ter acusado Pinto Luz de ter assinado "em nome de um Governo já demitido", um documento essencial para a privatização da TAP.
A aprovação destas audições acontece no mesmo dia em que, na Comissão Permanente da AR, PSD, CDS e Chega rejeitaram debater o tema da TAP, com a presença do ministro das Infraestruturas.
O inquérito em causa foi aberto em fevereiro de 2023 e resultou da participação efetuada por Fernando Medina e Pedro Nuno Santos.
Com ventos cruzados pela esquerda e pela direita, a TAP só podia ser uma tragédia voadora.
O PS desafiou o primeiro-ministro a esclarecer se mantém a confiança política no ministro Miguel Pinto Luz para dirigir a privatização da TAP, alegando que já que participou num processo semelhante "envolto em suspeitas".
O ministro das Infraestruturas, que foi secretário de Estado aquando da privatização da TAP em 2015, disse que a legitimidade das suas funções atuais pertence ao primeiro-ministro.
As remunerações fixa e variável dos membros do Conselho de Administração da companhia foram revistas e ajustadas pela Comissão de Vencimentos (CV), mas "não foram encontradas evidências do pagamento àqueles administradores das remunerações estabelecidas pela CV, nem sequer registos contabilísticos ou recibos de vencimento".