Nuno Melo apresentou um requerimento para que sejam solicitadas informações ao secretário Estado dos Assuntos Fiscais do Governo de José Sócrates
O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo considera "um escândalo" que o ex-secretário de Estado Sérgio Vasques "se tenha recusado" a prestar informações sobre o Panamá na comissão de inquérito aos Panama Papers e vai requerê-las por escrito.
"Considero esta omissão um escândalo. É inqualificável que tendo sido noticiado um acordo secreto do ex-secretário de Estado para retirar o Panamá da lista de offshore, sabendo das notícias que ligam o Panamá aos governantes do seu tempo, o ex-secretário de Estado tenha gasto o todo o seu tempo a demonizar o Centro de Negócios da Ilha da Madeira e se tenha recusado a dar uma única resposta sobre o Panamá", afirmou à Lusa Nuno Melo.
Após esta reunião da Comissão PANA, na quinta-feira, em Lisboa, Nuno Melo apresentou um requerimento à Comissão de Inquérito aos Panama Papers para que sejam solicitadas por escrito informações ao secretário Estado dos Assuntos Fiscais do Governo de José Sócrates, Sérgio Vasques, sobre a saída do Panamá da lista de paraísos fiscais.
No requerimento, Nuno Melo sustenta que "vem sendo noticiado que o governo de José Sócrates fez um acordo político secreto em 8 de Julho de 2010 com o Governo do Panamá para excluir o referido território da lista negra offshore", com "as instruções do ex-secretário de Estado para Assuntos Fiscais Sérgio Vasques".
O eurodeputado do CDS-PP sublinha ainda, no requerimento, que "tem sido igualmente noticiado que empresas offshore com sede no Panamá poderiam estar relacionadas com José Sócrates , casos das empresas offshore Markwell, Monkway e ES".
"Isso significa que o governo de José Sócrates, através do ex-secretário de Estado Sérgio Vasques, tentou remover o Panamá da lista negra offshore, um território relacionado aos esquemas de corrupção que a imprensa, citando fontes da investigação criminal, relaciona com o ex-primeiro-ministro", argumenta Nuno Melo.
O deputado europeu requer que, por intermédio do presidente do Comissão PANA, "seja solicitada com urgência e por escrito uma resposta ao ex-secretário de Estado".
Durante a reunião com Sérgio Vasques, solicitada pelo CDS-PP e que contou também com a presença do ministro das Finanças da altura, Fernando Teixeira dos Santos, houve momentos de tensão que se ouviam no corredor do Centro Europeu Jean Monet, apesar de o encontro decorrer à porta fechada.
Os eurodeputados da Comissão PANA, que está a investigar alegadas contravenções ou má administração na aplicação das regras europeias relacionadas com o branqueamento de capitais, reuniram-se na quinta-feira com Mário Centeno (ministro das Finanças) e também com os ex-titulares do cargo Maria Luís Albuquerque e Fernando Teixeira dos Santos, entre outros responsáveis.
A comissão está em Lisboa até sexta-feira e a lista dos encontros inclui deputados, jornalistas, elementos do Banco de Portugal e a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.
Para a ministra do Trabalho, o combate a quem se serve da generosidade da lei podia começar em casa.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O medo, a extrema-direita e as alterações climáticas marcam a entrevista a José Gil, um documento único nesta edição da SÁBADO.
