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UTAO acredita que PIB pode crescer abaixo do previsto

02 de setembro de 2016 às 18:54

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental realça que existe uma "melhoria face ao período homólogo", mas alerta para "pressões orçamentais" no segundo trimestre

A UTAO estima que, se a economia portuguesa mantiver no segundo semestre o crescimento em cadeia verificado no primeiro, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 1% este ano, abaixo dos 1,8% que o Governo tinha previsto.

 

Na nota da execução orçamental até Julho, a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) toma por base os dados do crescimento económico relativos ao segundo trimestre divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), de 0,3% face ao trimestre anterior, e apresenta estimativas para a evolução do PIB na segunda metade do ano.

 

Os técnicos independentes que apoiam o parlamento adiantam que, "caso se mantenha a variação em cadeia do primeiro semestre, o crescimento do PIB será de 1%" este ano".

 

No entanto, "caso a média dos crescimentos trimestrais se situe em 0,6%, isto é, mantendo a previsão para a dinâmica intra-anual do Programa de Estabilidade 2016-2020, o crescimento anual do PIB em 2016 seria de 1,2%".

 

Em qualquer das projecções apresentadas, os cálculos da UTAO indicam que o crescimento económico verificado este ano deverá ficar abaixo da meta do Governo, de 1,8%.

 

Outro exercício apresentado pela UTAO é precisamente qual o nível de crescimento necessário no segundo semestre para que se atinja a meta traçada pelo ministério de Mário Centeno para este ano.

 

Para isto, referem os economistas da UTAO, "será necessário que a variação média em cadeia no segundo semestre seja aproximadamente de 1,4%", uma previsão que é agora "mais exigente" do que era no momento da realização do Orçamento do Estado para 2016 e do Programa de Estabilidade 2016-2020.

 

Todas as projecções de crescimento apresentadas, tanto pelas entidades nacionais como pelas internacionais, apontam para um desempenho da economia portuguesa abaixo do objectivo traçado pelo Governo para este ano.

 

O Banco de Portugal espera que o PIB aumente 1,3%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê um crescimento de 1,2%, o Fundo Monetário Internacional antecipa que o PIB cresça 1,7% e a Comissão Europa projecta um crescimento de 1,5%.

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