Supermercados irlandeses começam a vender produtos "não destinados à UE"
Rótulos alimentares têm de ser implementados na Irlanda do Norte até outubro. No resto do Reino Unido o processo só terá de ficar concluído em julho de 2025.
São várias as adaptações que o Reino Unido terá de pôr em prática em prol das decisões do Brexit e a maioria afeta diretamente as populações. Esta semana foi noticiado que um supermercado na Irlanda do Norte já começou a incluir os rótulos "Not for UE" (em português "não destinado à UE") em vários produtos de carne de marca própria, segundo avança oGuardian.
A medida surge depois do documento assinado em fevereiro, entreRishi Sunak e Ursula von der Leyen, sobre o controverso Protocolo da Irlanda do Norte, na sequência do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Uma vez que a Irlanda se mantém como país integrante da UE – e por isso dentro do seu mercado único de bens – tornou-se essencial criar mecanismos para evitar a criação de fronteiras físicas terrestres com a Irlanda do Norte (integrante do Reino Unido) e respeitar os acordos de paz de 1998.
Por isso, a solução encontrada foi a implementação de rótulos na comida oriunda do resto do Reino Unido e que não poderia seguir para a Europa, evitando que os bens transportados da Grã-Bretanha para a Irlanda do Norte acabem na República da Irlanda, parte da UE. Assim, até outubro, toda a carne, alguns laticínios, frutas e vegetais terão de incluir esta etiqueta.
Ainda assim, alguns retalhistas já vieram dizer que as empresas não tiveram tempo suficiente para se adaptar às mudanças pelo que nem todas conseguirão cumprir as regras até outubro.
Porém, o governo britânico já deu a entender que, nos primeiros meses, as regras não serão aplicadas na sua totalidade de forma a dar mais tempo aos comerciantes para as adaptações necessárias.
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