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Não investe por medo ou falta de dinheiro? Está na maioria
Estudo da Católica para uma consultora de finanças pessoais mostra que 61% das pessoas diz não ter dinheiro para investir ou vontade de aplicar as poupanças. A esmagadora maioria dos que investem recorre a produtos sem risco - e sem retorno real.
Imagine uma sucessão de matrioscas que, no final, termina na
boneca mais pequenina – é esse o tamanho do grupo de pessoas que, em Portugal,
investe o seu dinheiro em ativos além do imobiliário. Mais de 60% dos
inquiridos num estudo divulgado hoje, realizado pela Universidade Católica
Portuguesa para a consultora Doutor Finanças, diz que não investe por não ter
dinheiro suficiente ou por preferir poupar sem investir. O estudo confirma ainda
o conservadorismo elevado do aforrador português e a sua dependência grande dos
bancos para informação e conselhos sobre como e onde investir.
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Más notícias para a reforma (mas há a casa)
A consequência principal da fraca cultura de investimento em ativos mobiliários é o impacto negativo na preparação da reforma, sublinha Sérgio Cardoso. “Vai trazer muitos dissabores no futuro a estas famílias”, afirma. O único fator mitigador deste défice é o investimento de maioria das famílias portuguesas em imobiliário, um ativo que não está considerado no barómetro (que só mede a cultura de aplicações em ativos mobiliários). O imobiliário acaba por ser um ativo com risco no curto prazo, mas com um registo de ganhos no longo prazo, que, ao contrário das intangíveis ações, atrai o aforrador português. O imobiliário explica uma parte indeterminada dos 31% de inquiridos que dizem não investir por não terem dinheiro para tal (se já pagarem uma prestação mensal), tal como as percentagens tendencialmente baixas de investimento em ativos mobiliários (47% dos inquiridos dizem aplicar menos de 10% do rendimento mensal em investimento). Além do desvio da poupança para casas usadas como ativo gerador de rendimento há a casa própria. “A primeira casa já é um investimento e deve ser tratado como tal”, concorda Sérgio Cardoso. O investimento terá um retorno tanto maior quanto mais cedo as pessoas amortizarem o crédito – uma vez que poupam muito em juros e nos seguros – e constitui um ativo a ter em conta no planeamento da reforma. O responsável da Doutor Finanças nota que, para muitas pessoas que resistem a vender a casa quando são mais velhas – por razões emocionais ou porque querem deixar a casa aos filhos – este é um ativo muito menos líquido do que um depósito ou uma aplicação noutras classes de ativos mobiliários. Não deixa, contudo, de ser um investimento ativável na reforma – em particular para as gerações que se reformarão nas próximas décadas e terão pensões mais baixas. O inquérito foi realizado pelo Centro de Estudos Aplicados (CEA) entre os dias 31 de julho e 28 de agosto, através de chamadas aleatórias para uma lista de números gerada de forma aleatória. A amostra é de 701 respostas e a taxa de respostas foi de 16%. A margem de erro máxima indicada pelo CEA é de 4%.Leia Também
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