Secções
Entrar

Empresários do Alojamento Local satisfeitos apesar dos impostos

13 de março de 2018 às 16:36

São necessários entre seis e dez anos para recuperar o investimento, apontam.

Os proprietários do Alojamento Local (AL) nas regiões Norte, Centro e Alentejo estão satisfeitos com o negócio e pretendem continuar a actividade, apesar de apontarem a sazonalidade e a carga fiscal como principais obstáculos, conclui um estudo hoje apresentado.

1 de 4
Porta 65 lança hoje novo concurso para apoio ao arrendamento
Foto: Sábado
Foto: Getty
Foto: Westend61
Foto: Jorge Miguel Gonçalves / Sábado

O estudo "Qualificação e Valorização do Alojamento Local", encomendado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) ao ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa, inquiriu 2.183 empresários e analisou um total de 2.189 alojamentos locais, dos quais 1.132 no Norte, 672 no Centro e os restantes 385 no Alentejo.

A investigação, apresentada hoje na sede da AHRESP, em Lisboa, permitiu concluir que os empresários do AL estão satisfeitos com o negócio e querem continuar a desempenhar esta actividade, sendo que no Norte 99,5% dos proprietários manifestou vontade em continuar, no Alentejo 95,9%, e, por fim, 86,3% dos empresários do Centro mostrou interesse em permanecer neste negócio.

Os proprietários do AL na região Norte, "mais novos e com níveis de escolaridade altos em relação às outras regiões, estão muito optimistas com a sua actividade: quase dois terços declaram que é sua actividade principal, 53% define-se como empresários do Turismo e 99,5% pretende continuar a sua actividade", refere o estudo.

Em relação ao número de anos necessários para recuperar o investimento efectuado, os empresários do Centro estimam cerca de 10 anos, enquanto os proprietários das regiões Norte e Alentejo admitem cerca de seis anos.

No entanto, a sazonalidade e a carga fiscal são ameaças transversais a todas as regiões, de acordo com o estudo, que inquiriu 2.183 empresários e analisou 2.189 unidades de AL em funcionamento, que representam 16% do total de unidades presentes no Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL).

O problema da sazonalidade é, contudo, mais visível no Centro e menos no Alentejo, apontou a professora do ISCTE responsável pelo estudo e que hoje apresentou as conclusões, Hélia Pereira.

Além destes aspectos, foi ainda feita uma caracterização das unidades de alojamento local, do perfil dos empresários e ainda dos hóspedes.

No entender da secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, "o AL tem um papel significativo na recuperação dos imóveis" e a partir daí vai nascer novo comércio e nova restauração, garantindo a regeneração das cidades, sustentou.

O objectivo passa por "dotar de informação quem tem poder de tomar decisões sobre um setor que é novo", acrescentou.

Também Hélia Pereira defendeu que o "Alojamento Local tem um papel importante na criação directa e indirecta de emprego e qualificação dos locais".

A região de Lisboa já tinha sido estudada anteriormente, pelo que em breve as entidades responsáveis pela investigação querem estendê-la ao Algarve e às Regiões Autónomas.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela