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Governo francês denuncia seis novas plataformas às autoridades após Shein

Lusa 14 de novembro de 2025 às 19:25

A equipa de combate à fraude descobriu "que o AliExpress e o Joom também vendiam bonecas de pornografia infantil" e que a Wish, a Temu, o AliExpress e o eBay "vendiam armas de categoria A, como soqueiras e facões".

O Governo francês, após ter denunciado a Shein às autoridades, fez o mesmo com seis novas plataformas, cinco das quais (AliExpress, Joom, eBay, Temu e Wish) vendem produtos ilegais, anunciou esta sexta-feira o ministro do Comércio.
União Europeia quer taxar encomendas da Shein e da Temu abaixo de 150 euros Oliver Berg/picture-alliance/dpa/AP Images
A equipa de combate à fraude descobriu "que o AliExpress e o Joom também vendiam bonecas de pornografia infantil" e que a Wish, a Temu, o AliExpress e o eBay "vendiam armas de categoria A, como soqueiras e facões", disse Serge Papin ao jornal Le Parisien. Além disso, a Wish, a Temu e a Amazon "não estavam a cumprir as suas obrigações de filtrar menores de imagens pornográficas", acrescentou. "Denunciámos todas as plataformas que oferecem conteúdo ilegal ao Ministério Público (em Paris)", continuou Papin, ao ser questionado sobre a abertura de processos judiciais. "Em relação à Shein, também solicitámos a sua suspensão judicial", reiterou, acrescentando que "qualquer plataforma que tenha vendido itens ilícitos enfrentará o mesmo tratamento", alertou Papin. Além disso, Serge Papin vai convocar os ministros do Comércio dos Estados-membros da União Europeia em 27 de novembro para discutir o impacto destas plataformas no comércio dentro da UE, anunciou o ministério à AFP. Na semana passada, o Governo francês anunciou ter descoberto a venda de produtos ilícitos em plataformas que não a Shein e prometeu "novos procedimentos contra elas". Isto ocorreu após a revelação de que a Shein vendia bonecas sexuais com aparência de meninas e, posteriormente, armas de categoria A. A Shein removeu todos os produtos ilícitos do seu ‘site’, evitando assim a suspensão em França por enquanto, mas continua sujeita a processos judiciais. O grupo asiático, fundado em 2012 na China, mas com sede em Singapura, deverá ser interrogado na terça-feira por parlamentares franceses da missão de apurar factos sobre o controlo de produtos importados para França, mas ainda não confirmou presença.
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