Os momentos altos e baixos do presidente do Sporting. Bruno de Carvalho completa hoje três anos à frente do clube de Alvalade
Bruno de Carvalho completa três anos de mandato, ao fim dos quais melhorou, inequivocamente, o Sporting nos planos financeiro e desportivo, mas fê-lo afrontando e atacando quase tudo e todos, colocando o clube numa posição de vulnerabilidade.
Quando o presidente do Sporting foi eleito há três anos, muitos prognosticaram o fecho de portas do clube, em função do perfil de Bruno de Carvalho, mas, três anos volvidos, o Sporting conseguiu tornar-se um clube mais estável financeiramente e, no plano desportivo, conquistou uma Taça de Portugal e uma Supertaça oito anos volvidos e está na luta pelo título a sete jornadas do fim do campeonato, que não conquista há 14 anos, depois de um segundo e um terceiro lugares nas épocas precedentes.
No plano financeiro, Bruno de Carvalho conseguiu concretizar uma reestruturação financeira negociada com a Banca em condições unanimemente consideradas favoráveis aos interesses do Sporting e levou por diante uma reorganização interna profunda, que permitiu uma diminuição de custos muito significativa.
Ainda no mesmo plano, o Sporting passou a alcançar resultados financeiros positivos nos seus balanços semestrais e anuais e reduziu o orçamento do futebol para cerca de metade dos que tinha nos mandatos de José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes, com melhores resultados desportivos.
Por outro lado, a direcção liderada por Bruno de Carvalho protagonizou uma série de iniciativas e propostas junto da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e da Federação com o objectivo de ajustar a legislação e a regulamentação à realidade actual e modernizar o sistema vigente.
No plano futebolístico, Bruno de Carvalho teve o mérito de escolher treinadores competentes que ajudaram a aumentar a competitividade da equipa, como foram os casos de Leonardo Jardim, com o qual o Sporting alcançou o segundo lugar, e Marco Silva, que conduziu o clube à reconquista da Taça de Portugal oito anos depois e com quem entrou em 'rota de colisão', pondo em risco a carreira desportiva da equipa.
No entanto, a grande 'cartada' de Bruno de Carvalho foi a contratação no final da época transacta de Jorge Jesus ao rival Benfica, depois de este ter conduzido o clube da Luz à conquista de três títulos nos últimos seis anos, 'roubando' a hegemonia ao FC Porto.
Se Bruno de Carvalho adoptara como estratégia, desde o início do seu mandato, uma postura de confrontação face aos poderes instituídos do futebol, à Liga e FPF, aos rivais, ao sector da arbitragem, aos fundos de investimento, com a contratação de Jorge Jesus o clima no futebol profissional atingiu um nível bélico insustentável, em particular com o Benfica.
A 'guerra santa' levada a cabo por Bruno de Carvalho tem exposto o Sporting e sido, em muitos aspectos, lesiva aos seus interesses pelos 'anticorpos' que gera em sectores com poder efectivo no futebol e pela antipatia que desperta na opinião pública desportiva em geral.
Acresce, ainda, que, na sua ânsia guerreira, Bruno de Carvalho nem a frente interna poupa, com a concretização dos processos aos antigos dirigentes do clube Godinho Lopes, José Eduardo Bettencourt, Luís Duque e Carlos Freitas, por alegada gestão danosa numa altura em que o Sporting está a disputar o título palmo a palmo com o Benfica e o FC Porto.
Enquanto o presidente do Benfica se resguarda num departamento de comunicação eficaz e com uma estratégia bem definida, Bruno de Carvalho desgasta-se e expõe o Sporting com entrevistas e intervenções públicas quase diárias e hostis, recorrendo, sobretudo, às redes sociais.
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