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Selecção feminina fora do Euro após derrota com a Inglaterra

27 de julho de 2017 às 22:07
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Portugal estava apurado para os quartos-de-final ao intervalo, mas acabou por cair para o quarto posto

Portugal saiu do Europeu de futebol feminino, depois de perder com a Inglaterra (2-1), num jogo em que a equipa das quinas, a menos cotada da prova, vendeu cara a derrota.

Um mau começo de Portugal, com um mau alívio da guarda-redes Patrícia Morais, após um atraso, logo aos sete minutos, deixou a Inglaterra a vencer por 1-0, com golo de Toni Duggan, aproveitando a "oferta".

A desvantagem madrugadora podia adivinhar o pior frente a um adversário que chegava à terceira jornada com oito golos marcados e nenhum sofrido, mas Portugal mostrou caráter e solidariedade entre linhas.

É certo que a Inglaterra mudou dez jogadoras em relação aos anteriores jogos, com Escócia (6-0) e Espanha (2-0), num '11' inicial em que Mark Sampson manteve apenas a central Millie Bright, mas Portugal teve posse de bola e atrevimento.

Ao golo inglês Portugal soube reagir e aos 17 minutos Diana Silva fugiu pela direita e serviu, com conta, peso e medida, Carolina Mendes na área, com a avançada a fazer o seu segundo golo neste Europeu.

Era a surpresa no jogo de Tilburgo, num golo que Portugal poderia ter repetido, quase a papel químico, aos 25 minutos, quando Diana Silva novamente cruzou e Carolina chegou atrasada ao segundo poste (22 minutos).

A Inglaterra aproveitava a maior capacidade física, mas tinha dificuldades em ligar linhas e Portugal chegou a ter o apuramento na mão, com a Espanha, no outro jogo do grupo D, a perder com a Escócia, um resultado que se manteve (1-0).

O intervalo não foi bom para a equipa portuguesa, que logo a abrir a segunda parte voltou a sofrer um golo a frio, com Nikita Parris, mais forte do que Carole Costa, a ganhar posição para bater Patrícia Morais, aos 48.

O técnico inglês mexeu na equipa, com Potter a recuar para central, face à saída de Millie Bright e entrada de Nobbs, mostrando que, afinal, precisava um pouco mais de critério no passe frente a um adversário que pareceu desvalorizar.

Do lado português, Francisco Neto ainda fez entrar Ana Leite, Amanda da Costa e Laura Luís, mas a equipa foi perdendo capacidade de fazer transições rápidas.

O canto do cisne aconteceu já no período de descontos - sabendo-se que um empate apurava o menos favorito Portugal -, mas Laura Luís, num livre da esquerda, atirou à figura da guarda-redes Chamberlain.

Portugal, a última das 16 equipas do Europeu, sai da competição em crescendo nos três jogos e como disse o seleccionador português, com uma atitude que pode antever novas presenças ao mais alto nível.

Nas contas do grupo D, a Inglaterra termina com nove pontos em três vitórias e Espanha (13.ª na FIFA), Portugal (38.º) e Escócia (21.ª) todas com três pontos, mas com vantagem das espanholas e das escocesas nos golos do "campeonato a três".

Urbanista

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