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Diretor adjunto da OMS diz que festejos em Nápoles foram irresponsabilidade

Milhares de pessoas celebraram nas ruas de Nápoles a conquista da Taça de Itália em futebol, sem qualquer distância de segurança.

O diretor-geral adjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou, quinta-feira, como irresponsáveis os milhares de pessoas que na quarta-feira celebraram nas ruas de Nápoles a conquista da Taça de Itália em futebol, sem qualquer distância de segurança.

Em declarações a um programa da estação televisiva RAI, Ranieri Guerra, afirmou que, "neste momento, não podem ser permitidas aglomerações de pessoas", como as ocorridas na quarta-feira na cidade do sul do país, após a vitória do Nápoles sobre a Juventus, de Cristiano Ronaldo, no desempate por grandes penalidades (4-2).

"Dói-me ver estas imagens", disse Ranieri, lembrando a importância que poderá ter tido o jogo da Liga dos Campeões entre a Atalanta e o Valência, disputado em 19 de fevereiro, apontado como um dos grandes focos de contágio da doença na Europa, sobretudo em Espanha e Itália.

O presidente da câmara cidade deNápoles, situada no sul do país, Luigi di Magistris, respondeu às críticas afirmando: "ontem [quarta-feira] ganhou o contágio da felicidade".

Na região da Campânia, cuja capital é Nápoles, morreram 431 pessoas, uma das quais na quarta-feira, devido à covid-19, num total de 4.614 infetados.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 449 mil mortos e infetou mais de 8,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (117.717) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,1 milhões).

Seguem-se o Brasil (46.510 mortes, mais de 955 mil casos), Reino Unido (42.153 mortos, mais de 299 mil casos), a Itália (34.448 mortos e mais de 237.800 casos), a França (29.575 mortos, mais de 194 mil casos) e a Espanha (27.136 mortos, mais de 244 mil casos).

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