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Bruno de Carvalho recusa pedir demissão

17 de maio de 2018 às 23:03
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O presidente leonino garantiu que a direcção do clube e a administração da SAD não se vão demitir, "a bem do Sporting".

Bruno de Carvalho disse esta quinta-feira que a direcção do clube e a administração da SAD não se vão demitir. "Não nos vamos demitir", garantiu o presidente leonino numa comunicação conjunta com membros da direcção e do Conselho Fiscal, em Alvalade. O dirigente dos "leões" sublinhou que está pedida uma Assembleia-Geral extraordinária para ouvir os sócios do clube.

Bruno de Carvalho e Jorge Jesus
Bruno de Carvalho
Bruno de Carvalho no banco do Sporting na receção ao FC Porto
Bruno de Carvalho e Jorge Jesus
Bruno de Carvalho
Bruno de Carvalho no banco do Sporting na receção ao FC Porto
"Olhamos para o lado e o que vemos? Pedidos e ameaças de demissões, pressões tremendas para mais demissões, inclusivamente dizendo às pessoas que nunca mais terão trabalho na sua vida — o que acho lamentável. Aquilo que nós não vemos são os superiores interesse do Sporting a ser protegidos", disse Bruno de Carvalho.

"Depois da final da Taça de Portugal e do empréstimo obrigacionista, teremos uma Assembleia Geral Extraordinária para explicar tudo aos sócios", afirmou.
 
"Não nos demitimos a bem do Sporting, pelas responsabilidades que assumimos. Não por estarmos agarrados ao poder. Estamos disponíveis para prestar todos os esclarecimentos, como ficou claro no pedido de uma AG extraordinária. Esse é o local próprio para esclarecer tudo. Temos pela frente temas e números, responsabilidades tremendas e compromissos, como seja um empréstimo obrigacionista, uma reestruturação financeira, uma nova época e tantos objectivos nesta época. Estes compromissos exigem união e coesão. Os que sempre garantiram o normal funcionamento do clube são os únicos órgãos executivos, que estão comigo e sempre estiveram. E sempre continuarão", prosseguiu. 

"Não estamos agarrados ao poder. Estamos disponíveis para dar todos os esclarecimentos", concluiu BdC, antes de abandonar o auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

A polémica que envolve o Sporting agravou-se nos últimos dias, depois da derrota da equipa de futebol no domingo, no último jogo da I Liga de futebol, frente ao Marítimo, que fez o clube de Alvalade perder o segundo lugar para o Benfica.

Antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, em que o Sporting defronta o Desportivo das Aves, a equipa de futebol foi atacada na Academia de Alcochete, na terça-feira, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores.

A GNR deteve 23 dos atacantes e as reacções de condenação do ataque foram generalizadas e abrangeram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

Face às críticas, Bruno de Carvalho negou hoje, em comunicado enviado à Lusa, qualquer responsabilidade pelo ataque na academia, rejeitou demitir-se da presidência do Sporting e anunciou que vai processar Ferro Rodrigues, bem como comentadores e jornalistas por o terem "difamado e caluniado" após os actos de violência em Alcochete.

Entretanto, a Mesa da Assembleia-Geral demitiu-se em bloco, vários membros do Conselho Fiscal e Disciplinar renunciaram aos cargos e parte do Conselho Directivo também se afastou, enquanto o empresário Álvaro Sobrinho, patrão da Holdimo, detentora de 30% das acções da SAD do Sporting, pediu a demissão da direcção.

Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve na quarta-feira quatro pessoas ligadas ao Sporting na quarta-feira, incluindo o director desportivo do futebol, André Geraldes, na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol e de futebol.

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