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África chega aos quartos-de-final pela primeira vez

João Carlos Silva
João Carlos Silva 23 de junho de 2018 às 10:00

Depois de um prolongamento sofrido, a 23 de Junho de 1990, os Camarões celebraram um feito histórico no estádio de San Paolo, Nápoles

Não houve golos durante a hora e meia, mas o Camarões-Colômbia dos oitavos-de-final do Mundial de 1990 foi um jogo tão intenso que o prolongamento se adivinhou imediatamente um sofrimento num fim de tarde de um sábado de início de Verão em Nápoles. Finalmente, aos 105 minutos, Roger Milla marcou, com um movimento simples e rápido no lado esquerdo da área, com uma agilidade a desmentir os 38 anos feitos em Maio. Três minutos depois, usou mais a experiência do que a agilidade: Milla aproveitou um desplante (nada invulgar, diga-se) do guarda-redes sul-americano, René Higuita. Quando tinha todo o tempo do mundo para despachar a bola, Higuita resolveu fintar Milla a meio do seu meio campo e foi desarmado. O camaronês fez um dos golos mais fáceis da sua carreira (e foram no total 438) e voltou a correr para a bandeirola de canto para a sua celebração ritual, uma pequena dança que ajudou a torná-lo um herói de África.

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