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Reciclagem de embalagens cresce 3%. É preciso acelerar para o país cumprir as novas metas

12 de abril de 2024 às 17:16
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Sociedade Ponto Verde espera trabalho colaborativo com o novo Governo para a implementação de medidas que evitem o incumprimento É fundamental melhorar o nível de serviço prestado aos cidadãos, em proximidade e conveniência, através de maior aposta em tecnologia e inovação

No primeiro trimestre de 2024, os portugueses encaminharam para reciclagem um total de 111.696 toneladas de embalagens, o que significa um aumento de 3% em comparação com o período homólogo. Se os dados do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagem (SIGRE) mostram que o país continua a cumprir, na globalidade, as metas estabelecidas para a reciclagem destes resíduos urbanos, revelam também que há que acelerar este ciclo.
Este nível de crescimento, a manter-se, é insuficiente, comprometendo a capacidade do país em alcançar, 2025, a nova meta de estar a reciclar, pelo menos, 65% das embalagens colocadas no mercado.
Com os desafios na gestão dos resíduos, Portugal precisa de mais ambição e articular-se na concretização de mais investimento em Inovação e tecnologia, na lógica da economia circular, para otimizar as infraestruturas e trazer modernização, mas também complementaridade às atuais formas de serviço, como os sistemas de recolha porta-a-porta ou medidas pay as you throw.

A prioridade na prestação de um maior nível de serviço por parte dos operadores municipais na recolha, do ponto de vista da qualidade e conveniência, contribuirá para o acelerar do desempenho dos níveis da reciclagem, já que incentiva a uma maior participação dos cidadãos no processo de separação e deposição dos seus resíduos no pós-consumo.

Numa análise ao desempenho dos vários materiais de embalagens no SIGRE verifica-se que o vidro continua a merecer particular atenção, já que foram recolhidas 48.568 toneladas, ou seja, mais 1% em comparação com igual período de 2023. É o único material de embalagem a não cumprir a taxa de reciclagem nacional. É, por isso, fundamental que os portugueses reciclem mais e reforçar-se a aposta em sistemas de deposição de embalagens de vidro mais eficientes, como o baldeamento assistido, para colocar nas proximidades de cafés, restaurantes e bares, onde são geradas as quantidades mais significativas destes resíduos urbanos.
"Estamos num momento crítico e, por isso, defendemos que o país deve ter mais ambição em matéria de gestão de resíduos e de resíduos de embalagens, ao nível da prevenção, reciclagem e valorização. Estamos, assim, disponíveis para continuar o trabalho colaborativo, agora com o novo Executivo, cuja agenda apresenta determinação em implementar as medidas necessárias para que o país cumpra as metas. O nosso compromisso é total para a evolução do setor, pois é parte fundamental em prol de uma economia cada vez mais circular em Portugal," conclui Ana Trigo Morais.
Lisboa, 11 de abril de 2024
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.