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Apesar dos avanços já conseguidos, a tomada de decisão autónoma por parte dos dispositivos e robôs é um dos desafios actuais.
O investigador Wolfgang Merkt, um dos oradores convidados para um evento sobre Inteligência Artificial que arranca esta sexta-feira, no Porto, considera que os robôs humanoides são uma das plataformas mais seguras para testar tecnologias da área da saúde, como próteses.
A robótica humanoide é "um campo muito desafiador, que requer um pensamento fora da caixa. Ter uma forma humanoide presente quando se desenvolvem robôs para operar no ambiente construído para seres humanos, é, frequentemente, a opção mais versátil e adaptável", frisou.
Wolfgang Merkt, que colabora com a NASA na criação do robô humanoide Valkyrie, falava à agência Lusa a propósito da 12.ª edição do Encontro Nacional de Estudantes de Informática (ENEI), evento organizado por estudantes do ensino superior e que decorre até segunda-feira, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
De acordo com o também estudante de doutoramento na Universidade de Edimburgo (Reino Unido), a Inteligência Artificial permite resolver problemas para os quais "era muito difícil formular uma solução, recorrendo somente a um programa de computador", criando ferramentas com potencial de salvar vidas ou de auxiliar na economia dos recursos.
Contudo, apesar dos avanços já conseguidos, a tomada de decisão autónoma por parte dos dispositivos e robôs é um dos desafios actuais, com os estudos a incidirem cada vez mais nessa área.
"Outro perigo pode surgir pela falta de diversidade dos dados utilizados por estas tecnologias, com alguns exemplos a aparecer em sistemas de policiamento preditivo", acrescentou Wolfgang Merkt, que defende a importância da ética na Inteligência Artificial.
Questionado sobre a automação industrial, um dos focos da sua apresentação no INEI, contou que o caminho passa pelos sistemas colaborativos, nos quais humanos e robôs "trabalham de mãos dadas".
Esses sistemas colaborativos, continuou, têm a vantagem de serem "muito mais flexíveis, produtivos e fáceis de implantar" que os robôs industriais tradicionais, combinando "a destreza humana e a precisão e capacidade de repetição robótica".
Já na recuperação de desastres, também por si abordada durante o evento, destacou os veículos aéreos autónomos (como drones), "cruciais para fornecer aos socorristas uma rápida visão geral da situação e obter, por exemplo, os remédios necessários para as vítimas".
Na exploração espacial, salientou, a tecnologia desenvolvida para suportar a exigência de longos períodos de operação autónoma durante as missões, que desafiam a capacidade limitada do ser humano em assumir o controle, devido à baixa largura de banda de transmissão de dados e aos atrasos na transmissão de informação.
Wolfgang Merkt está a trabalhar com a NASA na construção do Valkyrie, um robô humanoide "único", cujo desenvolvimento permite estudar a locomoção e a recuperação do equilíbrio (que pode ajudar na reabilitação médica de pacientes com AVC) e a manipulação (permitindo a manipulação de grãos finos em aplicações perigosas).
"Muitas habilidades tidas como garantidas enquanto humanos, são muito desafiadoras para um robô realizar. Desde a capacidade de manter o equilíbrio, de atravessar terrenos irregulares, de responder a mudanças e de lidar com pisos escorregadios, até acções que envolvam uma manipulação hábil, como girar uma caneta entre os dedos", referiu.
Na edição deste ano, o ENEI aborda o impacto da Segurança Informática e da Inteligência Artificial na vida quotidiana das pessoas e das empresas, contando actividades - como palestras e workshops - e mais de 40 oradores nacionais e estrangeiros, promovendo ainda actividades de aproximação entre os estudantes e as empresas.
Robôs humanoides são "das plataformas mais seguras" para testar tecnologias de saúde
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