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Identificados 100 genes-chave na eliminação do cancro

Uma técnica permitiu encontrar 100 genes que são imprescindíveis para que a imunoterapia possa funcionar a longo prazo, no tratamento do cancro

Foram identificados mais de cem genes que os cientistas consideraram ser imprescindíveis para que tratamentos contra o cancro baseados na imunoterapia sejam eficazes a longo prazo. A descoberta foi revelada num estudo publicado esta segunda-feira na revista científica Nature.

O estudo foi conduzido por uma equipa do Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos, que usou uma técnica técnica de edição genética conhecida como CRISPR/Cas9 para desactivar, de maneira selectiva, certos genes em células de melanoma maligno - cancro da pele, informa a Lusa.

A partir desta técnica, foram apagados os genes humanos capazes de codificar proteínas tendo ao mesmo tempo sido avaliada a eficácia dos linfócitos T (células imunitárias). Os investigadores identificaram mais de cem genes que podem desempenhar um papel fundamental no mecanismo que permite eliminar tumores através da imunoterapia. 

"Existe um enorme interesse na imunoterapia contra o cancro, especialmente para doentes com metástases [novos tumores que se formaram a partir de um outro]. A resposta à imunoterapia pode ser fantástica, mas temos que compreender por que alguns doentes não respondem", refere, citado pela agência Efe, o coordenador da equipa de investigação, Nicholas Restifo.

Os efeitos da imunoterapia devem-se à acção dos linfócitos T, que podem reconhecer e matar tumores. Contudo, algumas células cancerígenas resistem a estas células imunitárias, pelo que os cientistas começaram a procurar genes que permitam activar o mecanismo de destruição de tumores.

O grupo de trabalho do Instituto Nacional do Cancro analisou os componentes genéticos essenciais para que as células cancerígenas são desenvolvam resistência ao tratamento após uma primeira resposta positiva.

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