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Covid-19: Os rostos de quem está na frente de combate

Lucília Galha
Lucília Galha 29 de novembro de 2020 às 08:14

Para virar um doente são precisos cinco profissionais de saúde, quatro enfermeiros e um médico. Para mudar uma fralda, dois. E para entubar e ligar ao ventilador, outros dois. Ao longo de um dia, cada doente internado nos cuidados intensivos com o novo coronavírus é tratado por 48 pessoas. Saibam quem são e o que fazem.

Não é por acaso que Nuno Príncipe costuma dizer aos seus doentes que, para ficarem bem, têm de correr uma maratona. "Os Cuidados Intensivos são importantes, mas são apenas os primeiros quilómetros. Depois, há todos os outros para correr fora daqui", diz o coordenador do serviço de Medicina Intensiva 8, do Hospital de São João. Que o diga Joaquim (nome fictício), 61 anos, um homem forte e saudável, sem doenças antes da Covid19. Teve alta daquele serviço no dia 3 de novembro, mas continua internado num programa de reabilitação intensiva. Ainda precisa de ajuda para andar e para tomar banho. 

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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".