NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Doentes são encaminhados para estas organizações por falta de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo financiadas pelo Ministério da Saúde.
A crónica falta de financiamento e a diminuição de admissões devido à covid-10 estão a pôr em causa a sobrevivência das comunidades terapêuticas em Portugal e o apoio a esta população debilitada, alertou hoje a plataforma que representa estas instituições.
Segundo a Plataforma de Organizações Intervenientes na Área dos Comportamentos Aditivos e Dependências (POCAD), estas unidades residenciais - originalmente vocacionadas para o tratamento da toxicodependência - tem acolhido outros tipos de casos, designadamente menores com comportamentos desviantes, alcoólicos em idade sénior e muitas outras situações no âmbito da saúde mental.
Estes doentes são encaminhados para estas organizações por falta de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo financiadas pelo Ministério da Saúde.
Segundo a POCAD, este financiamento é de 24 euros dia por cama ocupada e não é atualizado desde 2008.
"Este facto tem estrangulado financeiramente as instituições, conduzindo-as atualmente para uma situação de rutura, de grande dificuldade económica e até em alguns casos de pré-falência técnica", prossegue o comunicado da POCAD.
A Plataforma recorda que na última década encerraram mais de uma dezena de comunidades terapêuticas.
Apesar de não registarem infeções pelo novo coronavírus, "muitas das medidas adotadas durante a pandemia na área dos comportamentos aditivos e dependências, afetaram direta ou indiretamente o normal funcionamento das organizações, o qual, tarde a regularizar-se sendo que, durante este período, ficaram sem uma resposta adequada algumas centenas de pessoas".
"Este número assume uma maior gravidade por se tratar de pessoas com problemas de adição, exclusão social, delinquência, vulnerabilidades e comorbilidades várias ao nível da saúde, que podem colocar em risco a sua saúde e a de terceiros, e naturalmente um gravíssimo caso de saúde publica", alertam os responsáveis da Plataforma.
Outra consequência da covid-19 foi a redução substancial do funcionamento das unidades públicas de desabituação física, cuja existência é fundamental aquando da admissão de doentes nas comunidades terapêuticas.
"Apesar do investimento de milhões realizado na área da saúde, constata-se a inexistência de qualquer apoio financeiro às comunidades terapêuticas e a ausência de orientações especificas para a sua atividade, emitidas pela Direção Geral da Saúde (DGS)", lamenta a organização.
A POCAD, a braços com "uma quebra significativa de admissões" e perante o "esforço financeiro realizado nas adaptações para lidar com a pandemia", alerta para "a situação de sufoco" que as comunidades atravessam.
"A menos que sejam tomadas medidas urgentes", estas comunidades "veem comprometido o seu futuro", "as respostas e o tratamento de uma população, já por si muito debilitada".
Comunidades terapêuticas em risco de fechar e de deixar toxicodependentes sem apoio
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?
No meio do imundo mundo onde estamos cada vez mais — certos dias, só com a cabeça de fora, a tentar respirar — há, por vezes, notícias que remetem para um outro instinto humano qualquer, bem mais benigno. Como se o lobo mau, bípede e sapiens, quisesse, por momentos, mostrar que também pode ser lobo bom.