Sábado – Pense por si

Burnout: o síndroma do cansaço crítico

Lucília Galha
Lucília Galha 23 de julho de 2016 às 08:00

Se o trabalho da sua vida se tornou penoso, se se sente incompetente e sem energia e começa a ser cínico no emprego, pode estar com o chamado esgotamento do trabalho. Que tal parar?

Um pensamento recorrente: "Eu não tenho solução, isto não tem fim." Ideias suicidas: uma faca no peito, uma faca no pulso, atirar-se de uma ponte, lançar-se para uma ribanceira enquanto conduzia. "O ideal era um dia que estivesse de urgência à noite, entrar um doente agressivo e dar-me um tiro. Assim, morria como uma mártir", desabafa. Desistir, ou admitir que não conseguia, estava fora de questão – "porque eu sou médica e um médico aguenta tudo e vai até ao fim". Então, era preferível morrer. Marta (nome fictício), 30 anos, só não chegou a tentar porque daria nas vistas. Em vez disso, tornou-se negligente. Por exemplo, picou-se algumas vezes no trabalho, acidentalmente, mas nem sequer fez análises – quando um profissional de saúde se pica com uma agulha, o procedimento normal é pedir análises e, em algumas situações, iniciar os retrovirais. Ela pensava: "Se contrair o VIH é o melhor que me pode acontecer. Uma hepatite C? Não estou nada preocupada."

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