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A guerra às superbactérias que se trava nos hospitais portugueses

Lucília Galha
Lucília Galha 24 de junho de 2018 às 18:00

Há cada vez menos antibióticos eficazes contra estes agentes multirresistentes – o último surto aconteceu em Abril. O objectivo não é eliminá-los, mas evitar a sua disseminação. Saiba como.

O dia 7 de Agosto de 2015 mudaria para sempre o hospital de Gaia. A equipa responsável pelo controlo de infecções do Centro Hospitalar recebeu uma mensagem, até então inédita, do laboratório: tinha sido isolada num doente uma bactéria multirresistente, ou seja, produtora de uma enzima que destrói os antibióticos. Foi preciso agir rapidamente. A prioridade, além de ajustar o tratamento ao doente – um homem de 60 e poucos anos que tinha sido operado a uma inflamação da vesícula biliar e que, três dias depois, desenvolveu uma pneumonia – para que ele pudesse sobreviver, era conter a infecção. Como? Investigando todos os locais do hospital por onde ele tinha passado para perceber qual a fonte da infecção e se mais doentes tinham a bactéria.

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