Varíola dos macacos: França e Alemanha iniciam vacinação e período de isolamento
Em França existem apenas três casos confirmados de monkeypox e, na Alemanha, há registo de cinco. Porém, os países não perderam tempo e apesar de garantirem que os casos estão controlados já estão a preparar-se para um aumento do surto.
Os casos confirmados de varíola dos macacos não param de aumentar um pouco por toda a Europa e os países adaptam-se, como aconteceu com a covid-19, mas cada um à sua maneira.
Em França, até ao momento, há registo de apenas três casos mas as autoridades de saúde não perderam tempo e recomendaram esta terça-feira o começo de uma campanha de vacinação contra a monkeypox.
Considerando que o período de incubação do vírus é de 16 dias, as autoridades francesas defendem uma estratégia "pós-exposição" e recomendam que os contactos de risco e profissionais de saúde sejam inoculados.
Já a Alemanha, que tem cinco casos positivos, encomendou 40 mil doses de vacinas BAVA.CO Imvanex, da empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, para o caso do surto agravar. Face aos casos positivos, o país ordenou um período de quarentena de 21 dias.
As autoridades de saúde garantem que o "risco para a saúde da população em geral na Alemanha é considerado baixo" e que a vacina encomendada aos Estados Unidos "pode ser usada para prevenir a infeção, mas também para prevenir ou pelo menos retardar o surto da doença". No país a maioria dos casos não tem histórico de viagens a zonas consideradas de risco, mas a maioria dos pacientes trata-se de "homens que fizeram sexo com homens".
Em relação às vacinas, os Estados Unidos garantem que têm mais de mil doses da vacina dinamarquesa Imvanex disponíveis mas esperam que o stock possa aumentar nas próximas semanas.
A Moderna também quis entrar no mundo das corridas das vacinas e está em ensaios pré-clínicos mas, até ao momento, a empresa não avançou com mais detalhes.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) não existe necessidade de campanhas de vacinação em massa, mas aconselham as populações a adotar medidas de higiene (à semelhança do recomendado em relação à covid-19) e comportamentos sexuais seguros.
A OMS registou mais de 250 infeções confirmadas e suspeitas de varíola dos macacos, com uma disseminação geográfica incomum para uma doença que é endémica em partes da África Ocidental e Central, mas rara noutros lugares do mundo.
Em Portugal, a última atualização realizada pela Direção-Geral de Saúde (DGS) dá conta de 37 casos de varíola dos macacos.
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