Secções
Entrar

Covid-19: Oxford continuará testes de vacina no Brasil após morte de voluntário

22 de outubro de 2020 às 14:39

Investigadores escusaram-se a comentar incidentes específicos, mas informaram que uma revisão independente não encontrou motivos para preocupação com a segurança do ensaio.

A Universidade de Oxford garantiu que o estágio final dos testes da sua vacina contra a covid-19 no Brasil vai continuar, após a morte de um voluntário que participava no programa.

Os investigadores escusaram-se a comentar incidentes específicos, mas informaram que uma revisão independente não encontrou motivos para preocupação com a segurança do ensaio brasileiro.

A universidade, que está a desenvolver uma vacina em conjunto com a empresa farmacêutica AstraZeneca, frisou que uma "revisão independente, além do órgão regulador brasileiro, recomendou que o estudo deveria continuar".

Na quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador e de controlo sanitário do Brasil, relatou, em comunicado, que foi notificada da morte de um voluntário na segunda-feira, mas recusou-se a detalhar se a vítima tomou a vacina ou um placebo, alegando "compromissos de confidencialidade ética".

Contudo, apesar de a Anvisa não confirmar, uma fonte ligada ao consórcio que realiza os testes afirmou que a vítima mortal, um médico de 28 anos, do Rio de Janeiro, integrava o grupo de voluntários que tomava o placebo, e não o imunizante contra a covid-19, segundo a revista Veja.

Ensaios sobre a segurança e eficácia deste imunizante contra o novo coroanvírus (Sars-Cov-2) estão em andamento em diversos países, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e o Brasil.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), organização científica vinculada ao Governo central do Brasil, firmou uma parceria com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca para testar a vacina e um contrato que inclui a compra de 100 milhões de doses e também a produção do medicamento caso a sua eficácia seja comprovada.

O Brasil foi incluído no programa de testes de uma outra vacina contra a covid-19, que está a ser desenvolvida pelo laboratório Chinês Sinovac em parceria com Instituto Butantan.

Também estão em testes no país duas opções de vacina desenvolvidas pelas empresas BioNTech e Pfizer e de um outro imunizante pesquisado e desenvolvido pela farmacêutica Janssen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,2 milhões de casos e 155.403 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela