Sábado – Pense por si

Venderam a íris sem saber para quê

Susana Lúcio
Susana Lúcio 20 de março de 2024 às 23:00

Milhares de pessoas aceitaram digitalizar os olhos. Mas são funcionários da empresa que assinalam os consentimentos exigidos por lei.

Sexta, dia 15, 10h30. Na Estação Oriente, em Lisboa, uma fila de pessoas estende-se atrás da bancada da Worldcoin, empresa norte-americana de criptomoeda. Esperam que chegue a sua vez de olhar para uma das duas esfera metálicas que ali estão para digitalizar a íris do olho. O objetivo, diz a empresa, é criar um passaporte digital que distinga, de forma 100% fiável, entre humanos e bots criados pela Inteligência Artificial. Uma das aplicações será tornar mais segura as transações com criptomoedas.

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