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Repórter SÁBADO. As mulheres que acusam Boaventura

Cláudia Rosenbusch
Cláudia Rosenbusch 20 de novembro de 2024 às 23:00

Professora catedrática mexicana, Mariana Cabello, conta a experiência de abuso sexual e a vice-provedora de justiça de Barcelona, Eva Chueca, recorda as humilhações sofridas.

Desde que se tornaram públicas as acusações de assédio e abuso sexual contra o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, feitas por três ex-alunas do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, num artigo publicado em 2023, Mariana adotou algumas medidas de autoproteção. “Não leio nenhuma publicação do professor Boaventura, nem dos seus defensores. Não vou às redes sociais, apenas concentro a minha atenção no apoio às minhas colegas vítimas”, garante. Mariana Cabello Campuzano, 39 anos, mexicana, professora catedrática na Universidade de Monterrey e no Instituto Tecnológico de Estudos Superiores, na mesma cidade, nunca escondeu o episódio traumático que garante ter passado com Boaventura de Sousa Santos, em 2016. “Desde 2016, eu sempre falei sobre o meu abuso: na terapia, com a minha família, com os meus alunos”, diz à SÁBADO. E prossegue: “Sempre que alguém fala de Boaventura de Sousa Santos, eu digo: ‘Ele abusou de mim.’” Foi a forma que encontrou de conviver com o trauma que ainda hoje a persegue. Mariana é arquiteta e artista plástica, doutorada pela Universidade de Barcelona, mas antes disso já tinha passado pela Universidade do Porto. Foi nessa altura que conheceu o sociólogo Boaventura de Sousa Santos.

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