Sábado – Pense por si

Percorremos a Linha do Douro a pé

Paulo Vila 06 de novembro de 2022 às 18:00

Abandonada durante 34 anos, a população anseia pela prometida reabertura da linha férrea entre o Pocinho e Barca d’Alva. A SÁBADO encontrou um cenário desolador.

"Então é Portugal, hein?... Cheira bem. – Está claro que cheira bem, animal”! Por ocasião deste diálogo entre Jacinto e Zé Fernandes, no romanceA Cidade e as Serras, de Eça de Queirós (1901), o comboio que transporta os dois amigos regressados de Paris acabara de transpor a ponte sobre o Águeda e desliza “com descanso, como se passeasse para seu regalo sobre as duas fitas de aço, assobiando e gozando a beleza da terra e do céu”, rio Douro abaixo. Tal como no relato queirosiano, em que, como escreveu Frederico Abragão, se “encontra a mais bela das criações sobre uma viagem em caminho de ferro”, também foram os carris que nos guiaram nesta incursão, a pé, pela linha do Douro, um percurso que corresponde à entrada em Portugal de Jacinto e Zé Fernandes e nos levou de Barca d’Alva ao Pocinho.

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