Em outubro de 1976, uma entrevista de três páginas a Vítor Mendes na revista Nova Gente começava com rasgados elogios: "É, de há catorze anos para cá, um dos nomes mais sonantes do teatro de revista em Portugal". Vítor Mendes teria nessa altura uns 140 quilos – numa das fotos, vê-se em cima da mesa do camarim 10 maços de tabaco empilhados – e acabava de protagonizar uma transferência que muito deu que falar num tempo em que o teatro de revista tinha peso mediático: "Quando nada o faria prever, Vítor Mendes deixou o [teatro] Maria Vitória, surgindo-nos no novo elenco do ABC, perante o espanto do público mais ligado ao Parque Mayer.
Dizia o artista à revista: "Tenho de procurar locais onde se faça teatro. Possuo uma família numerosa e, por isso mesmo, impõe-se que tudo faça para sobreviver – já não digo viver." Vítor Mendes tinha quatro filhos, um deles – naquele ano de 1976 com 13 anos – era Fernando Mendes, o único que lhe seguiu as pisadas e que é hoje uma das figuras imbatíveis da televisão em Portugal como apresentador e ator. Quatro anos depois desse artigo, Fernando Mendes, agora um franzino adolescente de 17 anos, estreava-se numa peça no Parque Mayer chamada Reviravolta. Tinha sido mesmo uma reviravolta: o pai não estava na plateia a vê-lo, porque tinha morrido meses antes.
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