Os treinadores de animais têm registado um aumento de queixas e a culpa é da quarentena. Não param de ladrar em casa, destroem rodapés, têm de tomar calmantes e alguns até se tornaram agressivos. Saiba o que fazer.
Estrelinha, uma yorkshire anã de dois anos, nunca deu problemas por ficar sozinha em casa durante o dia. Por isso, a família não acreditou quando surgiram denúncias anónimas na polícia a acusar a cadela de ladrar o dia inteiro. Como as queixas dos vizinhos não cessavam, Isabel Santos instalou uma câmara de filmar em casa. "Nunca pensei que uma cadela tão pequena - pesa 1,700 kg - pudesse incomodar o prédio. Mas era verdade: ela não para de ladrar e faz chichi no sofá e no tapete. Já quando chegamos a casa, é um doce."
O que mudou? O confinamento. Durante quase seis meses a família não saiu de casa devido à pandemia. "Ela adorou a quarentena", conta a dona. "Nem sequer queria ir à rua passear." Passava os dias entretida com as crianças, de 7 e 3 anos. "Ela deixa fazer tudo: até no carrinho das bonecas andou." Quando as crianças voltaram à escola, a cadela não se soube adaptar. "O veterinário disse que poderia ser ansiedade de separação ou de isolamento. A Estrelinha deixou de saber estar sozinha."
A quebra das rotinas provocada pela quarentena pode estar por trás destes comportamentos. "Em casa tudo se alterou: a hora dos passeios, a qualidade destes, a hora das refeições e o número de pessoas em casa", diz a diretora do Instituto do Animal, Sílvia Machado. "Isto provocou uma perturbação nos cães."
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